Como funcionam as vacinas contra a COVID-19?

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Os últimos meses foram tempos de medo e estresse para pessoas de todo o planeta, uma vez que foi a primeira vez que as gerações mais novas foram acometidas por uma pandemia de proporções mundiais. No entanto, esse cenário começa a arrefecer e, por isso, pode ser essencial entender como funcionam as vacinas contra a COVID-19.

A imunização anda a passos largos e existem diversas opções que estão disponíveis para a população no Brasil, lembrando que todas são eficazes e, até o momento, mostram amplo poder de proteção, mesmo contra as novas variantes do vírus. Continue lendo o post e compreenda melhor o panorama atual.

Como está o processo de vacinação no Brasil?

Os procedimentos de vacinação vêm enfrentando diversas polêmicas ao redor do planeta, visto que todos os países estão disputando as doses disponíveis e negociando de acordo com suas possibilidades financeiras e a capacidade de produção dos fabricantes. No entanto, mesmo com todas as dificuldades, o Brasil vem avançando bastante nesse processo.

Historicamente, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é uma das intervenções públicas mais eficientes e conseguiu, ao longo de décadas, erradicar ou reduzir a presença de diversas doenças por aqui. A estrutura usada para isso, portanto, ajudou bastante no contexto da COVID-19.

Além disso, contamos com uma base vacinal bastante diversa, ao contrário do que ocorre em praticamente todas as nações em desenvolvimento e até mesmo algumas de primeiro mundo. A cobertura inclui imunizantes da AstraZeneca/Oxford (Fiocruz), Pfizer (BioNTech), Janssen (Johnson & Johnson) e CoronaVac (Sinovac/Butantan).

Essa grande variedade de vacinas disponíveis, somadas ao trabalho incansável dos nossos profissionais de saúde, confere melhor proteção contra eventuais variantes e, até o momento, resultou em milhões de doses aplicadas, trazendo uma redução para o número diário de óbitos e esperança de que as coisas melhorem bastante nos próximos meses.

O que é o uso emergencial de vacinas?

A boa variedade do nosso plano vacinal contra a COVID-19 só foi possível a partir das devidas autorizações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde e responsável pela liberação de imunizantes, medicamentos e outros produtos com total segurança para a população.

Dado o contexto da pandemia, a celeridade nos trâmites se deu a partir da possibilidade de uso emergencial, referendado em função do alto risco de contaminação e fazendo com que a vacinação fosse vista como a única saída para o problema mencionado. Quanto mais rápida for a contenção da transmissão, maior sua eficácia e melhor para os brasileiros.

Com isso, a ANVISA foi autorizando a aplicação das doses, tomando como base as informações e dados preliminares obtidos em pesquisas e estudos, traçando numerosas regras para isso. Além disso, a análise é dinâmica e segue sendo feita constantemente, até que cada laboratório consiga obter a autorização definitiva para o seu imunizante.

Como funcionam as vacinas contra a COVID-19?

Agora que você já entendeu melhor como a imunização contra o novo coronavírus vem se desenrolando no Brasil, vamos falar mais sobre como funcionam as vacinas contra a COVID-19. É preciso criar um ambiente saudável nesse sentido, assegurando que são vacinas regulamentadas, eficientes e com sua segurança avaliada pela ANVISA. Confira.

CoronaVac (Sinovac/Butantan)

A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e vem sendo produzida aqui no Brasil, pelo renomado Instituto Butantan de São Paulo, o que vem gerando uma boa economia para o país. Pesquisas mostraram que sua eficiência para casos sintomáticos ficava em torno de 50,7%, mas a redução de casos graves e morte é bem superior.

Ela é produzida por um dos métodos mais tradicionais de produção de vacinas, que é o uso de vírus inativados e incapazes de fazer cópias, assim como é feito para o imunizante contra a Influenza, por exemplo. O corpo, portanto, começa a gerar os anticorpos necessários para combater a doença, mas sem o risco de desenvolvê-la.

AstraZeneca/Oxford (Fiocruz)

Outro imunizante bastante popular no Brasil e que, atualmente, é o mais aplicado por aqui, é o que foi desenvolvido pela Universidade de Oxford, em união com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca. Por aqui, a Fiocruz, no Rio de Janeiro, firmou um acordo para envasar as doses e, em breve, começar a realizar a sua fabricação por completo.

Dados de eficácia disponibilizados pelo governo britânico apontaram para cerca de 90% de proteção após a aplicação das duas doses. Questionamentos sobre os possíveis efeitos colaterais geraram ansiedade por aqui, mas eles são similares a qualquer vacina e podem incluir febre, dores de cabeça e indisposição por alguns dias.

Pfizer (BioNTech)

O imunizante desenvolvido entre o gigante farmacêutico Pfizer e o instituto BioNTech é outro amplamente utilizado pelo plano brasileiro de imunização e foi adquirido pelo Governo Federal. Seus pontos altos são a tecnologia de ponta e estudos que apontaram 95% de eficácia em prevenir casos confirmados de COVID-19.

Um dos seus inconvenientes estava ligado à complexidade de armazenamento, que demandavam resfriamento entre -25°C e -15°C, mas há manutenção da integridade das doses em temperaturas compatíveis com as que nossas clínicas oferecem. Essa vacina é feita a partir do material genético do coronavírus (RNA), que pode ser bastante sensível.

Janssen (Johnson & Johnson)

A vacina Janssen é feita pelo grupo Johnson & Johnson, conhecido pela ampla gama de produtos oferecidos no segmento da saúde, estética e bem-estar. O seu diferencial é que é a única opção até o momento cuja aplicação é feita em dose única, com eficácia de 66% na prevenção de diversas variantes da doença, segundo o órgão regulador americano (FDA).

O armazenamento é simples, podendo ser feito em geladeira comuns, de 2°C a 8°C e a produção é baseada em vetores de vírus que causam o resfriado comum, modificados para desenvolver o imunizante a partir do material genético do coronavírus. Os efeitos colaterais descritos costumam ser brandos e, como em todas as outras, transitórios.

Agora você já sabe como funcionam as vacinas contra a COVID-19. Lembre-se: elas foram amplamente estudadas e autorizadas com estudos de segurança, sendo a opção mais viável no momento para que qualquer pessoa fique mais segura contra a infecção causada pelo novo coronavírus.

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