O tomate está com tudo. Além de ser um dos principais ingredientes da culinária mediterrânea, e de ser considerado um dos alimentos mais versáteis que colocamos à mesa, este fruto avermelhado está associado a diversos benefícios à saúde.
Os trunfos do tomate são a presença de vitamina C, potássio, fibras, e, principalmente, de uma substância chamada licopeno, um poderoso antioxidante que cumpre diversos papéis benéficos para o organismo (ver mais abaixo).
E o melhor de tudo: qualquer tomate, seja ele italiano, salada, Débora ou cereja, tem propriedades muito similares.
Neste artigo, você vai conhecer os principais benefícios de consumir tomate, além de contar com algumas dicas de preparo que ajudam a potencializar os efeitos positivos dos seus nutrientes.
Vamos lá?
Principais benefícios do tomate
- Previne o câncer
Como já descrito, o tomate é rico em licopeno, substância eficiente no combate aos radicais livres, moléculas associadas ao surgimento de tumores. Por isso, diversos estudos associam o seu consumo com a redução do risco de diversos cânceres, sobretudo de próstata e de mama.
A explicação para isso é a seguinte: o licopeno ajuda a reduzir o surgimento de tumores hormônio-dependentes, que precisam de hormônios para crescer, bloqueando o crescimento alterado das células.
Estudo realizado pelas universidades de Cambridge, Oxford e Bristol, na Inglaterra, com mais de 20 mil pessoas entre 50 e 69 anos, contribui para esta tese. Segundo o levantamento, as pessoas que consumiram mais de dez porções de tomate por semana reduziram em 18% o risco de câncer de próstata. Saiba mais sobre o estudo.
- É bom para o coração
O licopeno também ajuda a manter intacto o tapete de células que recobre nossas artérias, contribuindo para uma melhor circulação e assim diminuindo a probabilidade de surgirem problemas como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, o potássio e as fibras presentes no tomate ajudam a reduzir a pressão arterial.
- Previne as rugas
O licopeno e a vitamina C, presentes em abundância no tomate, contribuem, respectivamente, para a melhoria da síntese de colágeno, colaborando com a firmeza da pele; e na luta contra os radicais livres, evitando o envelhecimento precoce.
- Fortalece o sistema imunológico
Mais uma vez, a aliança da vitamina C com o licopeno contribui para a nossa saúde. Juntos, eles estimulam a produção de anticorpos e aumentam a imunidade do corpo, auxiliando na prevenção de doenças.
- Tem ação anti-inflamatória
Estudo publicado no jornal científico Advances in Nutrition identificou que o consumo de tomates in natura, ou seja, sem aquecimento, demonstrou melhora nos marcadores inflamatórios do organismo. Saiba mais sobre o estudo.
Dicas de consumo
Uma sugestão valiosa é procurar consumir as versões orgânicas do fruto. Isso porque a hortaliça figura entre as mais contaminadas com agrotóxicos.
Caso não seja possível comprar a esta versão, que é bem mais cara, não se desespere. Uma opção é mergulhar o vegetal em uma solução de água com um punhado de bicabornato de sódio.
Outra dica muito interessante tem a ver com um companheiro quase inseparável do tomate, o azeite de oliva. Especialistas chamam a combinação dos alimentos de “par perfeito” do tomate. Isso porque o licopeno não é solúvel em água (principal substância do tomate), e sim em óleo.
Desta forma, ao juntar o azeite com o tomate, você estará facilitando o transporte do licopeno no organismo. Além disso, a dobradinha tomate e azeite aumenta o colesterol “bom”, o HDL, ao mesmo tempo em que diminui o “ruim”, ou LDL.
Cozinhando o tomate: estudos indicam que a temperatura mais alta torna o licopeno mais biodisponível, ou seja, o organismo o absorve com mais facilidade. Enquanto o licopeno do tomate cru apresenta uma biodisponibilidade em torno de 13%, o do tomate cozido é 70% biodisponível.
Cuidado apenas com temperaturas muito altas. Alguns estudos indicam que o cozimento do tomate em temperaturas acima de 100ºC prejudicaria a atividade antioxidante do licopeno.
Leia também: conheça os diferentes tipos de tomate
Saiba mais
Outras fontes: Nas cores da Itália, Revista Saúde é vida, São Paulo, p.44, Janeiro de 2017.