[2K] Fique por dentro dos tipos de implante dentário que existem

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Você sabia que existem diferentes tipos de implante dentário para atender as necessidades particulares de cada paciente? Essa facilidade permite que o procedimento se torne mais popular, de modo a substituir os dentes perdidos e viabilizar a tão sonhada reabilitação oral. Com isso o resultado é satisfatório tanto de forma funcional quanto esteticamente, uma vez que garante mais naturalidade para o sorriso.

Se você se interessou pelo tema, continue a leitura. Neste texto nós vamos esclarecer o tema, desmistificando mitos e explorando todas as curiosidades sobre o assunto!

1. O que é um implante dentário?

Quando a estrutura do dente está comprometida, recomenda-se o tratamento no local. Em alguns casos é possível reverter a situação, já em outros não — ressaltamos, aqui, a importância de uma boa higiene bucal. Mas isso não significa que não dá para resolver o problema, afinal, o paciente precisa recuperar a sua saúde bucal e a autoestima. Para isso, a odontologia desenvolveu uma solução: o implante dentário.

Apesar de ser um procedimento seguro, prático e eficaz, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto e desconhecem esse tipo de tratamento. Mas este não é o seu caso porque vamos esclarecer tudo aqui! Primeiro é preciso entender que todos estamos suscetíveis a ter algum problema que pode levar à perda de dentes. No entanto, isso não necessariamente é um diagnóstico de vergonha ao ponto do indivíduo viver se escondendo ou envergonhado de sua “janelinha”. A ciência já desenvolveu uma solução para esse problema: os implantes dentários.

Trata-se de uma estrutura sintética utilizada para substituir a raiz do dente. É uma espécie de “pino” fixado na região óssea da face: maxilar ou mandíbula. Com isso, a estrutura atua como raiz e oferece suporte para próteses dentárias — feitas de resina ou de porcelana, com total semelhança de dentes naturais.

A estrutura é feita de acordo com a necessidade do paciente, para receber um, vários ou mesmo todos os dentes. Vale lembrar que o procedimento utiliza a técnica de rosqueamento para dar mais firmeza. Logo, os implantes são mais seguros do que as próteses removíveis.

Portanto, o implante tem o objetivo de restituir as funções dos dentes perdidos e traz resultados satisfatórios quanto à mastigação correta, estética do sorriso e até na capacidade de fala. Ou seja, toda a estabilidade e segurança necessárias para a reabilitação bucal.

2. Qual a função do implante dentário?

O implante dentário não é uma solução unicamente estética, apesar de contribuir para a autoestima do paciente. O procedimento também tem o objetivo de promover a funcionalidade do dente, o que contribui diretamente para a fala, mordida e a mastigação.

Se não for tratado, o problema pode resultar na perda de mais dentes e até causar problemas como a disfunção da articulação temporomandibular (ATM) e a sobrecarga nas estruturas da face durante a mastigação — o que torna o ato de mastigar ineficiente.

É válido lembrar de que a arcadas dentária é um conjunto, onde cada dente tem uma função e é essencial para o processo de mastigação. Quando ela não ocorre corretamente, o indivíduo pode sofrer com aumento de peso ou ter problemas estomacais.

Outro benefício é o impedimento da movimentação dos dentes, que pode deixá-los tortos e desalinhados. Com isso é possível prevenir cáries e melhorar a limpeza durante a escovação. Evitar dentes sobrepostos também previne dores locais ou na cabeça causadas devido à pressão inadequada e problemas nos nervos.

Dessa forma, podemos afirmar que o implante dentário garante o equilíbrio e a funcionalidade da arcada dentária, melhorando significativamente a saúde orgânica, o bem-estar, a imagem e a autoestima do paciente. E com as inovações da implantodontia, é possível tratar os mais variados quadros clínicos e suas respectivas características particulares, possibilitando uma arcada dentária completa, que cumpre a funcionalidade da dentição e favorece a estética do sorriso.

3. Quando é preciso colocar um implante dentário?

Como qualquer outro procedimento odontológico, o implante deve ser indicado por um profissional. Normalmente é recomendado no caso de perda dentária, seja ela unitária, parcial ou total. A perda pode ser ocasionada por diferentes fatores, como doenças periodontais e gengivais, câncer, acidentes, gengivite, infecções, bruxismo e tártaro ou cáries não tratadas.

Mesmo tendo esse conhecimento prévio, somente um cirurgião dentista tem capacidade de avaliar o caso e as necessidades do paciente, bem como condições para verificar o estado geral de saúde para liberar ou vetar a execução do procedimento. O dentista também pode pedir exames como a radiografia para concluir a sua análise.

Caso receba a recomendação odontológica, é a vez de procurar um cirurgião dentista. Pesquise nomes que tenham qualificação reconhecida no mercado, com experiência na realização do procedimento e carreira profissional de prestígio. Peça indicações de amigos e familiares, além de consultar o plano de saúde.

Contraindicações

O implante é uma excelente solução, mas como todo procedimento odontológico tem contraindicações. Crianças e adolescentes que ainda não completaram o crescimento ósseo não podem realizar o procedimento.

Como a técnica também inclui o processo de osseointegração, os implantes não mudam de posição, o que pode causar problemas de acordo com o crescimento da face de pacientes com essa faixa etária.

Outra condição que impede o uso da técnica são os pacientes que usam medicamentos à base de bifosfonatos — composto utilizado no tratamento de doenças como osteoporose e neoplasias malignas. Como essa medicação afeta a remodelação óssea, também vai interferir nos resultados finais, podendo, inclusive, trazer complicações para o paciente.

Por fim, pessoas portadoras de doenças como pressão alta, diabetes e outras doenças crônicas devem ser avaliadas sobre o controle da patologia. A realização ou não do procedimento vai depender do seu quadro. Nesses casos, o acompanhamento médico é imprescindível.

Alerta

Vale lembrar que pessoas que perdem dentes e demoram a colocar o implante correm o risco da absorção do osso maxilar pelo organismo. Caso não haja massa óssea suficiente para suportar o novo dente, o paciente pode não conseguir colocar o implante.

E uma vez implantado, os cuidados com a higiene não podem ser negligenciados. Afinal, as gengivas também podem adoecer e comprometer a estrutura óssea, o que compromete a integridade dos implantes.

4. Quais os tipos de implante dentário?

Vamos abordar os diferentes tipos de implante disponíveis a título de curiosidade, afinal a escolha deve ser realizada por um profissional especialista em próteses. Somente o dentista saberá identificar as necessidades de cada caso para indicar o tipo que melhor se adapta. Veja alguns exemplos.

Unitário simples

Como o próprio nome indica, ele é recomendado para a reposição de um único dente ou para quem perdeu poucos dentes não-sequenciais. O procedimento consiste na colocação do pino para substituir a raiz do dente, seguido da aplicação da prótese ou coroa cerca de três meses depois.

Duplo

Esse modelo é voltado para pessoas que sofreram a perda de três ou quatro dentes sequenciais. Diferente do anterior, a prótese fica em um espaço vazio apoiado na gengiva. Nesse caso, o dentista vai avaliar as condições de presença do osso para identificar se dois implantes são suficientes para a substituição da perda dentária.

Com prótese protocolo

É mais indicada para casos em que grande parte dos dentes está comprometida, com cerca de 4 a 8 implantes para sustentar uma prótese total fixa com 12 dentes. A técnica, que necessita de uma correta distribuição dos implantes, traz mais segurança e naturalidade ao sorriso, tornando o resultado satisfatório.

Com carga imediata

Também conhecido como “dentes no mesmo dia”, o tipo de implante com carga imediata ocorre quando as coroas ou pontes são fixadas com base em um parafuso de titânio sob o osso em uma única sessão. Devido à sua ação imediata, não há necessidade do paciente ficar sem os dentes enquanto aguarda o período de osseointegração.

Com prótese overdenture

Semelhante à prótese protocolo, esse modelo utiliza de 2 a 6 implantes para criar a prótese total. É relativamente acessível e indicado para pacientes com limitação da disponibilidade óssea ou com problemas motores relacionados à idade ou a doenças degenerativas que prejudicam o ato de escovar os dentes.

Com a prótese funciona como uma dentadura fixa e pode ser facilmente retirada, esse modelo oferece mais segurança tanto durante as refeições, facilitando a mastigação, quanto durante a higienização.

Zigomático

Esse tipo de implante é indicado para pessoas que sofrem com atrofia maxilar severa e dispensa a necessidade do enxerto ósseo. Para isso, a fixação do pino acontece no osso zigomático, popularmente conhecido como maçã do rosto. Com isso, não são necessárias próteses totais removíveis.

5. Como o implante dentário é colocado?

O tratamento dentário com a colocação do implante passa por algumas etapas, são elas:

  • avaliação odontológica;
  • planejamento do procedimento;
  • cirurgia para fixação do implante;
  • período de osseointegração;
  • reabertura do implante para fixação da prótese.

De todos, o que leva mais tempo é o de osseointegração, com duração de 3 a 6 meses. A cirurgia em si é rápida, normalmente a fixação do pino dura cerca de 30 minutos, mas esse tempo depende das condições e características do paciente.

Em alguns casos é possível aplicar a técnica com carga imediata, isto é, quando o paciente sai do consultório com o tratamento praticamente finalizado, restando apenas o acompanhamento do processo de osseointegração.

Já nos casos de pacientes que precisam realizar enxerto ósseo, o tempo é maior porque eles precisam aguardar a cicatrização óssea, que pode demorar até 4 meses. Somente após a consolidação total é que o dentista libera o paciente para a realização do implante.

Ou seja, o tratamento é totalmente individual e deve ser planejado de acordo com as necessidades e particularidades do paciente. Para estimar a duração do tratamento, o implantodontista precisa ter todas as informações do procedimento definidas: condições clínicas, quantidade de dentes a serem substituídos, técnica adotada e tipo de implante dentário.

Cirurgia

Colocar um implante não é um processo doloroso, afinal, a única parte que poderia sofrer com o procedimento — a gengiva — fica anestesiada durante toda a cirurgia. Já o osso que recebe o furo tem poucas inervações, logo o procedimento é praticamente livre de dor.

Dessa forma, antes da cirurgia, o médico receita uma injeção de anti-inflamatório cerca de duas horas antes do procedimento e passa analgésicos e antibióticos para tratar o paciente após a cirurgia.

6. Quais os cuidados após o procedimento?

Pode parecer complexo, mas, na verdade, o pós-operatório é simples, desde que o paciente siga corretamente as orientações do implantodontista. As recomendações são as mesmas de outros procedimentos odontológicos comuns, como o repouso e a restrição da alimentação a uma dieta líquida ou pastosa fria, evitando totalmente alimentos duros e quentes.

Descansar e evitar esforços nos primeiros dias é fundamental para garantir a cicatrização dos tecidos e diminuir a circulação, minimizando o risco de dores, desconfortos, inchaços e complicações. O médico também pode receitar analgésicos, antibióticos e antiinflamatórios para tratar possíveis dores e infecções.

Nas primeiras 48 horas, é recomendado fazer compressas frias na região para evitar inchaço e respostas inflamatórias. Na hora de dormir, é indicado que o paciente durma com a cabeça mais elevada do que o corpo e opte por se deitar sobre o lado contrário do operado.

Ações como exposições ao sol ou calor excessivo bem como qualquer esforço físico devem ser evitadas. A parte operada não deve ser tocada ou usada para a mastigação. Em geral, deve-se evitar esforços com a boca, como falar muito, sugar, cuspir e bochechar, pois podem gerar sangramentos.

De toda forma, o profissional fará as recomendações adequadas específicas para o paciente. Nesse momento, tanto o paciente quanto o acompanhante devem ficar atentos e tirar todas as dúvidas. Com a adoção desses cuidados, a recuperação será rápida e tranquila.

Como você viu, a odontologia tem diferentes tipos de implante dentário para melhor atender às necessidades dos pacientes. Optar por esse procedimento não é apenas uma solução saudável que devolve a funcionalidade dos dentes e possibilita uma mastigação segura, trata-se de uma transformação estética acompanhada de uma série de benefícios que representam uma verdadeira melhora na qualidade de vida. E, claro, com sorriso aberto!

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