Uma das características mais valorizadas no mercado de trabalho é a sede pelo desenvolvimento que um profissional pode ter. Aquele que, mesmo graduado, deseja se especializar, mesmo com uma boa bagagem de conhecimento, investe para continuar aprendendo e galgando posições de maior destaque em sua carreira.
Quando a empresa busca pessoas assim, o Plano de Desenvolvimento Individual se torna uma ferramenta bastante funcional. Esse documento, como o nome dá a entender, serve para dar um norte, trilhando os próximos passos para que um funcionário cresça pessoal e profissionalmente.
Descubra agora como funciona!
O que é um Plano de Desenvolvimento Individual?
O PDI é um plano de autodesenvolvimento, que é construído a quatro mãos — duas são do profissional e duas são da organização que o emprega. Essa “participação especial” do empregador acontece para que o crescimento também o beneficie, casando os objetivos estratégicos organizacionais e os do colaborador.
O plano considera, primeiramente, quais são as metas almejadas, ou seja, aonde se espera chegar com as melhorias que serão desenvolvidas. Após isso, o principal ponto é o meio: quais ferramentas serão utilizadas para alcançar os resultados estabelecidos. Vale destacar que o PDI gera uma mudança completa, já que, em geral, demanda a criação de alguns hábitos comportamentais.
Como implementar o Plano de Desenvolvimento Individual?
Essa prática é muito comum para os setores de RH. Em geral, no início do ano, inicia-se uma campanha de incentivo para que os funcionários preencham o formulário correspondente, respondendo de acordo com seu planejamento para o ano vigente.
É essencial que os analistas prestem suporte nesse momento, para que as pessoas entendam como devem criar seu próprio plano, tornando-o realista e estratégico para o negócio.
Confira a seguir como fazer a implementação desse planejamento.
Considere o cenário
Pode-se afirmar que boa parte dos empregados de uma empresa tem interesse em se desenvolver. No entanto, nem sempre são organizados o suficiente para criar um plano que os guie na direção desse desejo. Logo, uma ajuda especializada é bem-vinda.
Uma das atribuições do profissional de RH, mais especificamente de quem atua com Treinamento e Desenvolvimento, é avaliar o desempenho do empregado e, a partir dessa análise, identificar quais são seus pontos de melhoria. Esses pontos merecem uma atenção especial no PDI.
Estabeleça os objetivos
Para que o PDI beneficie o negócio, é preciso ter objetivos definidos. Assim, na hora de criar o documento, o colaborador vai saber, em primeiro lugar, onde a empresa precisa que ele esteja e qual a performance necessária para isso.
Um exemplo simples: subir o nível do idioma inglês, indo do básico para o intermediário. A partir disso, é possível definir metas mais acessíveis, que levarão ao objetivo macro, como realizar um treinamento em inglês.
Percebeu como essa meta é mais simples que o primeiro objetivo? Basta olhar para o processo como uma escada. De degrau em degrau, alcança-se o principal.
Defina as estratégias
As estratégias funcionam como ferramentas para chegar ao alvo. É importante que o gestor participe dessa fase, pois é possível que demande flexibilidade quanto ao tempo e à rotina. Se um dos projetos inseridos no PDI precisar de uma dedicação maior, as atividades do dia a dia terão que ser delegadas ou adaptadas à novidade.
Liste as ações
As ações são o que é necessário fazer para que se alcance o objetivo. Se a intenção é melhorar a oratória, por exemplo, o empregado pode colocar como uma das ações o hábito de ler um livro por mês. Essa leitura deve ser tanto em modo silencioso quanto em voz alta, a fim de que o leitor treine a habilidade e saiba como adaptar seu tom de voz, fazendo pausas, respirando melhor etc.
Essa fase é a que mais demanda disciplina. É comum que, ao preencher o plano, a pessoa se anime para chegar ao fim do ano e saber como se saiu. Mas, antes das conquistas chegarem, há o esforço para cumpri-las. A disciplina e a automotivação são necessárias para fazer o que precisa ser feito, mesmo quando não há muito ânimo nem disposição.
Fixe os prazos
É muito importante que o próprio empregado fixe os prazos para a execução de cada atividade. Ele é a melhor pessoa para dizer quanto tempo precisa para realizá-las, desde que o cumprimento da meta não prejudique o negócio. Destaca-se que o período destinado à realização das ações deve ser realista.
Quais são as vantagens de implementar o PDI?
Para um funcionário, ter uma empresa que se preocupe em desenvolvê-lo é um benefício e tanto. O PDI é uma das ferramentas para concretizar essa valorização, mas não acaba por aí. Confira outras vantagens a seguir.
Satisfação do colaborador
Quem não se alegra em cumprir uma meta? Em estabelecer um objetivo e, após um tempo, constatar que conseguiu alcançá-lo, com o devido esforço? A satisfação das pessoas não vêm apenas de um bom salário, mas da possibilidade de crescer, desenvolver-se e conquistar um cargo superior.
Mais engajamento
Assim como há ações que devem ser feitas individualmente, para outras, o colaborador vai precisar da contribuição de outros colegas de trabalho ou da própria gestão. Isso melhora o clima entre o time, por meio da colaboração. Saber que podem contar uns com os outros aumenta a confiança, a união e o potencial de uma equipe, tornando-a mais engajada com o propósito.
Aumento da produtividade
Visando ao seu desenvolvimento e futuro na organização, o empregado dá mais de si no dia a dia. O PDI é a oportunidade de trabalhar uma competência muito importante no meio corporativo, que é a automotivação, ou seja, aquela motivação que não depende de influência externa. Logo, ele fica mais produtivo e focado em entregar.
O Plano de Desenvolvimento Individual também ajuda a diminuir um dos principais indicadores de RH, o turnover. Com equipes de trabalho mais satisfeitas e engajadas, o crescimento da empresa é apenas uma questão de tempo. Vale a pena investir na implementação dessa ferramenta.
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