Todos nós temos, ao nosso alcance, uma grande cartela de medicamentos. E, com eles, temos também a opinião de muitas pessoas sobre determinados remédios, além de acesso fácil às bulas e maneiras de utilizá-los para cada sintoma de nosso corpo. Mas será que isso é realmente benéfico?
Ainda que o acesso à informação seja fundamental, é importante que saibamos utilizá-la com sabedoria. Os perigos da automedicação são bem graves e, por vezes, um inocente remedinho pode gerar problemas difíceis de serem revertidos para a nossa saúde.
Você sabe quais são esses riscos? Continue a leitura e descubra os motivos pelos quais se automedicar nem sempre é uma boa ideia e em quais casos você pode recorrer à farmacinha de sua própria casa. Vamos lá? Boa leitura!
O que é automedicação?
Automedicação é o nome dado à atitude de tomar remédios por conta própria. E isso vale para tudo, ok? Por isso, quando você sente aquele incômodo e já corre para a farmácia de sua casa para pegar um comprimido e solucionar o problema, você está se automedicando.
Esse é um hábito que pode parecer inofensivo, mas que tem o potencial de trazer sérios problemas para a saúde de quem os pratica. Por isso, é fundamental sabermos quais são esses riscos e como mantê-los bem longe de nossa família.
Quais são os perigos da automedicação para a saúde?
Agora, veremos um pouco sobre os principais riscos de tomar remédios por conta própria!
Reações alérgicas
Algumas medicações podem gerar reações alérgicas. No entanto, muitas vezes é impossível prevê-las caso você nunca tenha entrado em contato com os componentes daquela fórmula antes. Por isso, fique de olho!
Comprometimento da eficácia dos tratamentos
Alguns medicamentos, quando são ingeridos, podem comprometer a ação de outros fármacos que estejam sendo utilizados em seu tratamento. É importante ter cuidado, já que eles podem até mesmo cortar o efeito de métodos contraceptivos.
Interação medicamentosa
A interação medicamentosa é outro risco da automedicação. Há remédios que são incompatíveis, ou seja, não devem jamais ser administrados em conjunto em um mesmo paciente. Isso pode gerar consequências graves e até mesmo levar ao óbito em casos extremos. Por isso, cuidado!
Falência hepática ou renal
Muitos fármacos são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins. No caso de pacientes que já têm algum tipo de lesão nesses órgãos (como doenças crônicas), o seu uso deve ser sempre monitorado por um médico, sob o risco do desenvolvimento de falência hepática ou renal. No entanto, isso também pode acontecer com pessoas saudáveis que tomam doses inadequadas dos remédios.
Agravamento de condições que já existem
Tomar remédios por conta própria pode agravar problemas preexistentes em seu organismo, sabia? Isso acontece por conta da ação dos remédios ou até mesmo graças às interações, sobre as quais já falamos. Às vezes, você pensa que está se ajudando e pode agravar a situação da própria saúde.
Dependência
Outro risco bem sério da automedicação é a dependência medicamentosa. Alguns tipos de fórmulas causam dependência caso sejam utilizadas de maneira inadequada. Por isso, fique muito atento e evite remédios que você não sabe como funcionarão em seu organismo.
Isso também é válido para produtos naturais?
Logo de cara já vamos à resposta: com certeza! Os produtos naturais também podem trazer riscos para a nossa saúde. Na verdade, eles são ainda mais perigosos, já que, muitas vezes, a dose segura de consumo ainda não foi determinada por falta de estudos.
Por isso, tenha em mente que se automedicar com fórmulas naturais também oferece riscos para a saúde. Isso não quer dizer que o chá de boldo e a camomila estejam proibidos e devam ser abolidos de sua rotina. No entanto, não exagere. E, sempre que possível, consulte a opinião de um médico para ver se está tudo bem.
Quando eu posso tomar um remédio por conta própria?
Apesar disso, há algumas situações em que não há problema tomar um remédio para resolver a sua dor de cabeça ou aquele problema com gases ou refluxo que está tirando o seu sono. Confira as exceções a seguir!
Quando você já falou com um médico sobre
Se você já falou com o seu médico sobre o uso de determinado medicamento para solucionar algum problema de saúde, tudo bem! Esse não é um caso de automedicação.
Quando você tem certeza que está tudo bem com a sua saúde
Como vimos, a automedicação é especialmente perigosa quando não sabemos bem como anda a nossa saúde. Por isso, se você fez check-ups recentes e sabe que está tudo certo, não há problema em se medicar para uma dor de cabeça, por exemplo.
Quando você não faz o uso contínuo de algum medicamento
Se você não faz uso de medicações de forma contínua, também é normal que os médicos liberem a automedicação em casos de dor ou desconforto, já que não há o risco de interação medicamentosa para esses pacientes.
Quando a questão é pontual
A automedicação é ainda mais perigosa quando falamos sobre uma prática frequente. Se você sentiu uma dor em um dia e tomou um remédio para isso, não se preocupe. Questões pontuais podem ser resolvidas dessa forma, desde que você siga as recomendações acima.
Qual é a atitude certa a se tomar?
A recomendação dos profissionais de saúde (e a da Golden Cross!) é: procure a opinião de um médico antes de fazer uso de qualquer medicamento. No entanto, sabemos que nem sempre isso é possível. Situações pontuais acontecem e nem sempre dá para conseguir uma consulta tão rapidamente.
Nesses casos, busque orientações em drogarias. Os farmacêuticos são profissionais completamente capacitados para verificar se há risco de ocorrer alguma interação medicamentosa com os remédios que você toma normalmente e orientá-lo acerca dos possíveis efeitos colaterais.
Outra dica é buscar a orientação remota de um médico. A telemedicina é uma alternativa muito viável e uma de suas funções é, justamente, a resposta de questões pontuais como essas. Informe-se com o seu profissional de saúde de confiança.
Agora que você já conhece os riscos e perigos da automedicação e sabe como essa prática pode ser prejudicial para a sua saúde, não marque bobeira: sempre siga as orientações do profissional responsável pelos cuidados com a sua saúde.
Aproveite e compartilhe este artigo com os seus amigos, familiares e conhecidos! Quem sabe você não ajuda algum deles a evitar esse tipo de atitude potencialmente prejudicial?