Período fértil: como identificar e fazer controle de fertilidade

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Um intervalo de tempo que se estende, todos os meses, por cerca de três a cinco dias e, geralmente, deixa a maioria das mulheres com os hormônios “à flor da pele”, como se costuma dizer — estamos falando do período fértil. Seja você uma tentante, seja você uma “evitante”, buscando prevenir uma gestação não planejada, o fato é que saber como calcular o período fértil é essencial quando se trata de tentar programar os seus próximos passos.

No entanto, do mesmo modo que existem casais que parecem conseguir engravidar só de falar sobre o assunto, há outros que precisam considerar variáveis fatores altamente individuais com o potencial de comprometer a fertilidade. Além disso, é claro, independentemente de haver o desejo (ou não) de aumentar a família, a saúde feminina pode — e deve — ser regularmente acompanhada, o que inclui o agendamento de consultas médicas periódicas, tanto para o controle de doenças quanto para o evitamento de quadros clínicos com potencial agravante, como a endometriose, que pode até interferir na fertilidade.

Então, considerando a relevância do tema, nos tópicos a seguir, vamos explicar mais a fundo o que é o período fértil, o que muda durante essa fase, se (e como) é possível calculá-lo, entre outros pontos igualmente importantes. Continue a leitura!

O que é o período fértil?

Complementando a introdução, denominamos como “período fértil” o intervalo de tempo em que o óvulo está “disponível” para a fecundação. Ou seja, é quando ocorre a ovulação, que dura, aproximadamente, até cinco dias — cerca de dez a 14 dias após o primeiro dia do ciclo menstrual. Parece complexo? Vamos simplificar!

Sabemos que a vida fértil da mulher tem início na puberdade, com a menarca (que é a primeira menstruação), entre 12 e 14 anos, embora essa faixa etária possa, sim, variar. A partir disso, uma vez a cada mês, o corpo feminino ovula, liberando um óvulo para ser fecundado.

Vamos detalhar o passo a passo para calcular o período fértil mais adiante, porém, já é possível adiantar que, levando em conta um ciclo menstrual regular, de 28 a 30 dias, a ovulação acontece entre o 14º e 16º dias. A contagem começa sempre após a data da última menstruação.

O que muda durante o período fértil?

Cada mulher é única — e é fundamental ter isso em mente. Entretanto, normalmente, quando ocorre o período fértil, surgem alguns sinais mais comuns, como:

  • a presença de uma secreção vaginal incolor — bastante semelhante a uma clara de ovo crua, a secreção transparente, em geral, representa o primeiro indício de que o período fértil se aproxima e, durante essa fase, o hormônio estradiol é liberado em maior quantidade, funcionando como um tipo de lubrificante natural que facilita o acesso dos espermatozoides ao canal vaginal;
  • o surgimento de espinhas — também é comum que mais espinhas surjam quando o período fértil vem chegando, já que, usualmente, a pele da mulher tende a ficar mais oleosa;
  • o aumento da libido e do apetite — ambos os sintomas estão diretamente ligados à elevação dos níveis hormonais no corpo feminino, o que também faz com que a mulher se sinta naturalmente mais atraente;
  • a instabilidade emocional — outro sintoma bem comum entre a maioria das mulheres é a oscilação do humor, que também é provocada pelas alterações hormonais inerentes ao período fértil.

Como calcular o período fértil?

Para calcular o período fértil de forma manual, é preciso anotar o primeiro dia da última menstruação, acrescentando 14 dias à data. Em seguida, é necessário somar os três dias anteriores e os três dias posteriores, identificando, então, o intervalo de, aproximadamente, seis dias, que corresponde a essa fase. Outra boa pedida (que, inclusive, vai trazer mais praticidade à matemática) é recorrer a uma calculadora de período fértil, que pode ser facilmente encontrada na Internet e/ou em aplicativos mobile.

A propósito, quando o assunto envolve quantos dias dura o período fértil, especialmente entre as tentantes, surge um questionamento bem comum: existe um dia específico em que a mulher está significativamente mais fértil? Bem, para sanar de vez a dúvida, o estágio “mais fértil” abarca justamente a fase da ovulação e os três dias anteriores e posteriores.

Durante esse intervalo, havendo relações sexuais desprotegidas, a probabilidade de haver fecundação é maior. Ou seja, as chances de acontecer uma gravidez são potencializadas. Então, se essa for a sua meta, talvez seja interessante já começar a refletir sobre as questões mais relevantes que envolvem uma gestação, buscando conhecimentos, por exemplo, acerca das ocasiões em que uma cesariana se faz necessária e dos cuidados essenciais no pós-parto.

O uso de anticoncepcionais impacta o período fértil feminino?

Por fim, outra dúvida que permeia a mente de uma parcela expressiva de mulheres — principalmente daquelas que tomam todas as medidas cautelares para evitar uma gravidez não programada — diz respeito ao uso das pílulas anticoncepcionais e ao seu verdadeiro impacto no período fértil. Quanto à questão, resta esclarecer que os anticoncepcionais contêm hormônios, como progesterona e/ou estradiol, que inibem a ovulação.

Além disso, não raramente, provocam alterações no muco cervical e no endométrio uterino, dificultando o acesso dos espermatozoides ao útero. Consequentemente, o efeito de prevenção de uma gestação é maximizado. Portanto, em outras palavras, as mulheres que administram diariamente as pílulas anticoncepcionais, sempre no mesmo horário, “religiosamente”, não têm período fértil. Ou seja, elas não ovulam e, naturalmente, não havendo óvulos maduros, a fecundação não ocorre, reduzindo expressivamente as suas chances de engravidar.

Percebeu como, embora haja casos mais complexos — quando, por exemplo, o ciclo menstrual é irregular —, identificar o período fértil e, consequentemente, fazer o controle de fertilidade não é uma tarefa desafiadora?! Na verdade, quanto mais uma mulher conhece o próprio corpo e compreende as suas mudanças ao longo das fases do mês, mais fácil se torna identificar cada estágio atravessado e reconhecer os sinais mais notórios.

Entretanto, é fundamental enfatizar que, independentemente de quão bem você conhece o funcionamento do seu organismo, consultas preventivas são indispensáveis para monitorar e preservar a boa saúde, combinado? Então, aproveitando o gancho, entenda mais sobre a Ginecologia e descubra quando procurar um profissional!

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