A extração do terceiro molar é uma cirurgia bastante comum e considerada simples. Mesmo assim, como qualquer procedimento cirúrgico, podem acontecer complicações, como a parestesia de lábio, condição que leva à perda da sensibilidade do lado em que o dente foi extraído.
Essa é uma reação que não acontece em todas as cirurgias, mas é um risco que existe, sendo muito importante conversar com o cirurgião-dentista para se informar sobre essa e outras complicações, bem como sobre a probabilidade de elas acontecerem após o tratamento.
A boa notícia é que a parestesia nem sempre é irreversível, uma vez que, em muitos casos ela pode ser tratada e curada. Neste artigo, explicaremos exatamente o que ela é, quando ocorre, suas causas e sintomas, entre outras informações, para que você entenda melhor sobre esse assunto. Continue lendo!
O que é parestesia?
A retirada do terceiro molar é um procedimento muito recorrente nos consultórios odontológicos. No entanto, o cirurgião-dentista precisa tomar alguns cuidados na extração dos sisos, pois essa intervenção também oferece riscos de complicação.
Uma delas, como vimos, é a parestesia, que consiste na perda da sensibilidade na região da boca ou face, geralmente no lábio inferior. Essa reação acontece devido a um trauma ou lesão em um nervo.
Quando a parestesia ocorre?
Geralmente, a parestesia do siso acontece por causa de lesões no nervo alveolar, localizado no interior da mandíbula e que confere sensibilidade ao lábio inferior e à região do queixo. Porém, outros nervos também podem ser afetados, como aquele responsável pela sensibilidade da língua e alguns da face.
De um modo geral, a parestesia é uma complicação que pode acontecer em qualquer procedimento cirúrgico, não sendo exclusiva da cirurgia de extração do siso, porém, por causa da proximidade desse dente com o nervo alveolar, é bem mais recorrente nesses procedimentos.
Qual é a causa da parestesia?
O que causa a parestesia de lábio não é a extração do dente em si, uma vez que a retirada dele não provoca nenhum tipo de problema para o nervo. Na verdade, alguns fatores durante ou após o procedimento é que desencadeiam essa sintomatologia.
Os sintomas podem surgir, por exemplo, quando a picada da anestesia é realizada sobre o nervo. Também existe a possibilidade de uma compressão dele devido a inchaço, ou ainda outras intercorrências durante o procedimento, como uma eventual fratura do osso mandibular, podem desencadear esse problema.
Daí a importância de a cirurgia ser realizada por um profissional experiente e bem capacitado, uma vez que esse é um risco que, muitas vezes, pode ser evitado com a boa atuação dele.
Além disso, há casos em que o siso está muito próximo do nervo alveolar, existindo o risco de parestesia. Nessas situações, é muito importante o esclarecimento do cirurgião-dentista ao paciente, para que ele saiba que o risco desse quadro é muito alto.
De que forma a parestesia é identificada?
Na parestesia do siso, o paciente manifesta sintomas que são muito característicos de lesão nos nervos. Esses sinais e desconfortos são localizados de acordo com o nervo que foi afetado, como explicamos, podendo se manifestar no lábio inferior, na região do queixo, na língua ou na face.
É possível identificar o quadro observando reações que duram mais tempo do que o esperado após o efeito da anestesia ter passado. A parestesia se caracteriza por:
- formigamentos;
- coceira;
- perda ou redução da sensibilidade;
- sensação de frio;
- pressão.
Apesar de serem sintomas muito desconfortáveis, eles não trazem limitações de movimentos. Portanto, não devem ser confundidos com a paralisia, um quadro que interrompe as movimentações da região bucal ou da face.
Além disso, é importante reforçar que a parestesia não é uma condição que vai acontecer com todas as pessoas que precisam tirar os sisos. Conforme citamos, é uma das possíveis complicações desse procedimento, acontecendo com alguns pacientes, não todos. Depende muito da posição do dente, de como a cirurgia se deu e da destreza do profissional.
Como lidar com casos de dormência permanente?
A tendência é que a parestesia cesse espontaneamente. Aos poucos, os sintomas regridem, e a sensibilidade volta ao normal. O tempo para isso depende da extensão dessa lesão e do organismo de cada pessoa, sendo alguns dias, semanas ou meses.
Se, ao passar o efeito da anestesia, você perceber que ainda existem desconfortos e sintomas de parestesia, o ideal é conversar com o dentista e informar para ele o que está acontecendo.
Quando a parestesia é causada pela formação de edemas (inchaços), a regressão deles é suficiente para recuperar a função perfeita do nervo. Em outros casos, pode ser necessário adotar uma terapia medicamentosa — inclusive, com administração de vitaminas, que vão ajudar o nervo a se recuperar mais rapidamente.
Outra possibilidade de tratamento é a laserterapia, que também estimula as funções nervosas minimizando os sintomas e desconfortos. Porém, somente o cirurgião-dentista é quem pode avaliar adequadamente cada quadro, entender aquilo que está causando a parestesia e indicar a melhor abordagem.
Por isso, o que você pode fazer é manter os cuidados pós-operatórios, principalmente aplicando gelo no local, para minimizar possíveis inchaços. Não havendo melhora, o dentista deve ser consultado.
Por que o lábio pode ficar dormente após a extração do siso?
Os nervos são as estruturas que conduzem os impulsos elétricos por todo o nosso organismo. Têm comunicação com o sistema nervoso central, e ele com o cérebro, fazendo com que a gente perceba o que está acontecendo ao nosso redor ou no corpo de acordo com os estímulos recebidos por essas inervações.
Na parestesia, o lábio fica dormente quando ocorrem danos ao nervo alveolar. Então, ele não consegue transmitir corretamente os impulsos elétricos, havendo um prejuízo à sua comunicação. Isso provoca perda de sensibilidade e outros sintomas característicos dessa condição.
Lembrando mais uma vez: a parestesia de lábio é um risco da cirurgia de extração do dente, mas que não acontece com todos. Portanto, converse com o dentista antes do procedimento, mas escolha com cautela quem vai realizá-lo, para evitar ao máximo que essa complicação aconteça.
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