O que é odontologia preventiva? Entenda o papel dela na prevenção

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Muito se fala que a prevenção é o melhor caminho para manter boa saúde e qualidade de vida, e com sua boca não pode ser diferente. A odontologia preventiva, assim como outras áreas médicas e odontológicas, busca evitar que certos acometimentos atinjam o paciente.

Isso é feito por meio de técnicas de prevenção, de hábitos de higiene bucal corretos, alimentação adequada e visitas periódicas ao dentista. Afinal, esses cuidados ajudam a evitar o desenvolvimento de doenças como cáries, periodontites, mau hálito, entre outros problemas.

Entenda neste texto qual o papel dessa área odontológica e sua importância no dia a dia da população.

O que é odontologia preventiva?

A odontologia preventiva é um ramo da odontologia que foca em prevenir problemas de saúde bucal antes que eles aconteçam. Ela é baseada na ideia de que é muito mais fácil e eficiente evitar a doença do que tratá-la depois que ela já surgiu.

Por isso, a odontologia preventiva se concentra em identificar e prevenir problemas antes que eles causem danos irreparáveis aos dentes e gengivas.

Desse modo, o objetivo principal é manter a saúde bucal e evitar problemas futuros. Isso inclui hábitos de higiene bucal adequados, como escovação regular e uso do fio dental, alimentação saudável, evitando o consumo excessivo de açúcares e carboidratos, e visitas regulares ao dentista.

O dentista é o profissional que ajuda a prevenir problemas de saúde bucal. Para isso, ele realiza exames periódicos para avaliar a condição dos dentes e gengivas, detectar problemas precocemente e oferecer tratamentos preliminares e de rotina.

Assim, o dentista também fornece informações e orientações sobre hábitos de higiene bucal adequados e escolha de escova de dentes e pasta dental.

A odontologia preventiva também inclui tratamentos preventivos, como a execução de profilaxia, que limpa os dentes e reduz a carga microbiana da boca.

Outro tratamento é o uso de selantes, que previnem a entrada de bactérias nas cavidades dos dentes. Também há o clareamento dental, que remove as manchas dos dentes e ajuda a manter um sorriso brilhante e saudável.

Quais fatores influenciam a saúde bucal?

Nossa boca é afetada por uma série de fatores que influenciam diretamente a nossa saúde bucal. É crucial entender que esses fatores desencadeiam problemas bucais, como cáries, inflamações, infecções, entre outros. Por isso, é de grande importância identificar os fatores e tratá-los de forma adequada a fim de garantir uma boa saúde bucal.

Com uma identificação precoce, evita-se a evolução de problemas orais e preservar a saúde da boca. Com isso, costuma-se adotar medidas preventivas para minimizar o impacto destes fatores na nossa saúde bucal.

A seguir, confira os principais fatores que impactam a saúde bucal:

Hábitos alimentares

O tipo e a quantidade de alimentos que ingerimos afetam a saúde dos nossos dentes e gengivas. Alimentos ricos em açúcares e carboidratos refinados aumentam o risco de cárie e doenças gengivais.

Presença de doenças sistêmicas

Algumas doenças, como o diabetes, afetam a saúde bucal, aumentando o risco de infecções e inflamações.

Uso de tabaco e álcool

O uso de tabaco e álcool causa problemas como mau hálito, manchas nos dentes, gengivite e câncer bucal.

Higiene bucal inadequada

Manter uma boa higiene na boca, incluindo escovar os dentes duas vezes ao dia, usar fio dental e enxaguante, é fundamental para manter a saúde oral.

Genética

Algumas condições, como a dentição, são influenciadas por fatores genéticos. Por exemplo, o histórico familiar de cáries dentárias é um fator importante a ser considerado quando se trata da saúde bucal.

Algumas pessoas têm tendência a desenvolver doenças periodontais e outras apresentam predisposição à sensibilidade dental ou aos dentes fracos.

Além disso, o tamanho, forma e arranjo dos dentes são herdados de pais e avós e influenciam na saúde bucal.

Idade

À medida que envelhecemos, a saúde bucal sofre mudanças, incluindo a perda de dentes e o aumento do risco de doenças gengivais.

Radiação

A exposição a fontes de radiação, como raio-X e radiação ionizante, prejudicam a saúde bucal e aumentam o risco de câncer na boca e outros problemas bucais. É importante evitar a exposição desnecessária a fontes de radiação e usar proteção adequada quando essa exposição for inevitável.

Estresse

O estresse aumenta o risco de problemas bucais, como o bruxismo (ranger ou apertar os dentes) e o aumento da produção de bactérias na boca.

Medicação

Alguns medicamentos possuem efeitos secundários na saúde bucal, como a xerostomia (sensação de boca seca) e a alteração do gosto.

Secura bucal

A falta de produção de saliva aumenta o risco de problemas bucais, como infecções, desgaste dos dentes e inflamação da gengiva. A secura bucal é causada por fatores como uso de medicamentos, mudanças hormonais, problemas de saúde, entre outros.

Lesões na boca

Cortes, machucados, ferimentos, lesões dentárias, entre outros tipos de lesão, afetam a saúde bucal e aumentam o risco de infecções e problemas bucais.

Problemas de mordida

Mordida inadequada ou desalinhada causam dores, desconforto e até mesmo problemas na mastigação e deglutição. Além disso, levam ao desgaste excessivo dos dentes e à formação de lesões intraorais.

Como a odontologia preventiva se difere das outras áreas?

A atenção odontológica preventiva busca evitar problemas bucais antes que ocorram em vez de tratar problemas após o surgimento. Enquanto outras áreas da odontologia corrigem ou restauram dentes e gengivas danificados, a prevenção dentária busca preservar a saúde bucal através de medidas preventivas, como limpeza regular, exames periódicos e orientações sobre escovação e uso de fio dental.

Com a prevenção dentária, o objetivo é manter a saúde bucal de maneira integral, identificando problemas no estágio inicial e realizando ações para evitá-los. Dessa forma, é possível garantir uma boa qualidade de vida e evitar tratamentos mais complexos e invasivos no futuro.

Um exemplo prático acerca disso é quando comparamos com a área endodôntica e o procedimento de realização de canal.

A endodontia é responsável pelo tratamento de doenças ou infecções que afetam o interior dos dentes, como canais radiculares. A prevenção dentária, por sua vez, busca evitar que essas doenças e infecções ocorram, por meio de uma higiene bucal adequada e exames regulares. Ou seja, a prevenção evita que procedimentos mais complexos como canais ou implantes dentários por perdas de elementos sejam necessários.

Como a prevenção pode auxiliar com os problemas bucais?

Uma das principais vantagens da dessa área odontológica é a possibilidade de detectar problemas bucais em seus estágios iniciais, quando eles ainda são fáceis de tratar.

Cáries, por exemplo, são um dos problemas bucais mais comuns e são facilmente evitados com uma boa higiene bucal e tratamentos preventivos. Uma vez priorizado o bem-estar do paciente, por meio da odontologia humanizada, é possível estabelecer uma relação de confiança e colaboração, incentivando a adoção de hábitos saudáveis e prevenindo a ocorrência de cáries e outros problemas bucais.

Doenças gengivais, como a gengivite e a periodontite, são outros problemas evitados com a prevenção odontológica. A gengivite, por exemplo, é causada pelo acúmulo de placa bacteriana e é prevenida com escovação regular e uso de fio dental.

Já a periodontite é uma infecção bacteriana que afeta os tecidos que sustentam os dentes e é evitada com exames periódicos e tratamentos profissionais.

Quais são os problemas bucais mais recorrentes?

A odontologia preventiva é uma ferramenta valiosa para prevenir ou minimizar o impacto desses problemas. A prática de boa higiene bucal, incluindo escovação diária, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista, é uma das formas mais eficazes de prevenção.

Alguns dos principais acometimentos odontológicos que são facilmente evitados por intermédio da prevenção são:

  • cáries — a doença dental mais frequente, causada por uma dieta rica em açúcares, má higiene bucal e flora bacteriana desequilibrada na boca;
  • doenças gengivais — como a gengivite e a periodontite, são infecções das gengivas que levam à perda óssea e dentária se não forem tratadas;
  • mau hálito — são causados por alimentos, doenças ou condições médicas, tabaco e má higiene bucal;
  • sensibilidade dental — são causadas por exposição da raiz dos dentes, desgaste da camada protetora dos dentes ou por problemas nas gengivas;
  • desgaste dos dentes —comumente causado por hábitos como roer unhas, morder objetos duros e bruxismo;
  • manchas — frequentemente causadas por fatores como tabaco, café, vinho tinto, medicamentos e envelhecimento.
  • infecções — são causadas por bactérias presentes na boca e em outros locais.

Como é feita a odontologia preventiva?

Como dissemos, a prevenção dentária tem o objetivo de minimizar ou mesmo evitar a ocorrência de problemas orais. Porém, é válido dizer que esse tipo de prevenção não é exclusivo do consultório odontológico, podendo — e devendo — ser feita e executada em casa.

Assim, o cuidado preventivo é imprescindível para manter a saúde e funcionalidade dos dentes, gengivas e de toda a cavidade oral. Dessa forma, esse cuidado também contribui para preservar a aparência e a autoestima.

A seguir, listamos algumas das técnicas de prevenção bucal que podem ser realizadas no dia a dia:

  • escovação correta — a escovação regular dos dentes é uma medida fundamental para prevenir a formação de placa bacteriana, tártaro e cáries. É importante escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, de manhã e à noite, com uma escova de dentes de boa qualidade e creme dental que contenha flúor;
  • uso de fio dental — o fio dental é indispensável para limpar as áreas interdentais, onde a escova de dentes não alcança. O fio dental deve ser usado diariamente, especialmente antes de dormir;
  • consultas regulares ao dentista — é importante realizar consultas periódicas ao dentista para avaliar a saúde bucal e prevenir problemas. Durante a consulta, o dentista pode realizar uma limpeza profissional, detectar precocemente problemas e orientar sobre cuidados e técnicas de prevenção;
  • alimentação saudável — a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção bucal. É recomendável evitar alimentos ricos em açúcares e carboidratos, optar por frutas e verduras e beber muita água;
  • hábitos saudáveis — ter hábitos saudáveis, como evitar fumar e bebidas alcoólicas, é fundamental para preservar a saúde bucal. Além disso, é importante dormir adequadamente, praticar exercícios físicos e manter um estilo de vida saudável.

Quando começar com a odontologia preventiva?

A saúde bucal é importante em todas as fases da vida e é por isso que a prevenção dentária deve ser iniciada desde cedo. Quanto mais cedo começar a cuidar da saúde bucal, menos problemas surgirão ao longo do tempo.

Não há uma idade certa para iniciar a prevenção dentária, mas quanto mais cedo, melhor. Isso porque, quanto mais tempo se dedica a manter a saúde bucal, menos problemas surgirão ao longo do tempo.

Afinal, é mais fácil evitar ou corrigir problemas bucais na infância ou na adolescência do que mais tarde na vida. Portanto, é recomendável que a prevenção dentária comece ainda na infância, quando os dentes de leite ainda estão sendo trocados pelos permanentes.

Para garantir uma boa saúde bucal, é importante realizar visitas regulares ao dentista e seguir uma rotina de cuidados diários. Isso inclui escovar os dentes duas vezes ao dia, usar fio dental, evitar comidas açucaradas e ácidas e manter uma alimentação saudável.

Qual a frequência ideal de visitas ao dentista para realizar uma boa prevenção odontológica?

A esse ponto, você já entendeu que a saúde bucal é uma questão fundamental para a qualidade de vida e bem-estar. Manter uma prevenção dentária adequada é uma importante parte desse processo. Com isso, respeitar a frequência ideal de visitas ao dentista é um fator determinante para o sucesso do tratamento.

A resposta a essa pergunta depende de muitos fatores, incluindo o estado geral de saúde, a higiene bucal diária e o histórico de problemas bucais. No entanto, em geral, é recomendável que as pessoas visitem o dentista a cada 6 a 12 meses para uma avaliação preventiva completa.

Durante uma visita preventiva, o dentista avaliará o estado de saúde da boca, incluindo os dentes, gengivas e língua. Além disso, realizará uma limpeza profunda dos dentes, removendo a placa bacteriana e o tártaro. Como dissemos, caso necessário, o dentista fornecerá orientações sobre a escovação e uso de fio dental corretos.

Portanto, a odontologia preventiva é essencial para a manutenção da saúde bucal a longo prazo. A adoção de hábitos saudáveis, como uma boa higiene oral e visitas regulares ao dentista, previnem uma série de problemas dentários, garantindo um sorriso bonito e saudável por toda a vida.

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