Obesidade mórbida infantil: importância da conscientização

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Você sabia que cerca de 3,1 milhões de crianças brasileiras estão obesas? Esse é um dado divulgado em 2021 em nota no site do Ministério da Saúde. O mesmo informe ainda complementa com outra informação importante: 7% dos garotos e garotas com menos de cinco anos já estão diagnosticados com esse quadro clínico e com risco de evolução para a chamada obesidade mórbida infantil. Esses números acendem um alerta não só nos órgãos e entidades de saúde, mas principalmente nas pessoas que têm filhos, sobrinhos, netos e afins. 

Afinal, sem a devida atenção, esse problema pode levar ao desenvolvimento de outras doenças e colocar a vida dos pequenos em risco. Pensando nisso, trouxemos um post que explica em detalhes esse assunto e mostra como você pode agir no dia a dia para evitar a obesidade nas crianças. Acompanhe e saiba mais!

O que é considerado obesidade mórbida infantil?

A obesidade representa um acúmulo significativo de gordura na composição corporal que ocorre não somente abaixo da pele, mas também entre os órgãos (a chamada gordura visceral). A obesidade mórbida, por sua vez, é definida quando essa concentração ultrapassa a faixa de 40,0 no Índice de Massa Corporal (IMC) — aquele medido pela divisão do peso da pessoa pela altura dela.

Ou seja, quando há concentrações muito elevadas de gordura no corpo. O que leva a um cenário de mau funcionamento generalizado do organismo com dificuldades respiratórias, baixa resistência física, dores musculares, pouca flexibilidade e capacidade de locomoção, má circulação sanguínea etc.

Para completar, também há um aumento da possibilidade de se ter problemas como diabetes, resistência à insulina, refluxo gastroesofágico, neoplasias, doenças cardíacas, doenças ósseas e articulares e muito mais. Ou seja, quadros de saúde que, quando combinados, comprometem a qualidade de vida de qualquer indivíduo e podem levar até mesmo à morte.

Quais os tipos de obesidade infantil?

Para os adultos, o Índice de Massa Corporal divide a obesidade em três categorias possíveis: grau I, grau II e grau III. Sendo este último justamente aquele que é considerado o de nível mórbido. Porém, para as crianças e os adolescentes de até 19 anos, como mostra a calculadora de IMC da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), essas classificações não se aplicam por se tratar de um período de desenvolvimento contínuo.

No lugar, os padrões adotados são sobrepeso e obesidade. No primeiro, a criança apresenta um acúmulo de gordura corporal não recomendado para ela, o que pode ser resultado de fatores como má alimentação, sedentarismo, desregulação do sono, problemas emocionais etc. 

No segundo, as mesmas potenciais causas estão presentes. Contudo, a quantidade de gordura corporal é mais expressiva e demanda intervenção urgente por parte dos pais e/ou responsáveis legais para que esse quadro não se prolongue ao longo dos anos, acompanhando a criança na adolescência e na vida adulta. Pior ainda: para que ele não se agrave ainda na infância, colocando os pequenos em risco.

Afinal, como já foi dito, esse é um estado de saúde que pode trazer diversas complicações para o bem-estar físico e psicológico dos mais novos. Isso sem mencionar que ele pode prejudicar o próprio desenvolvimento infantojuvenil.

Qual a importância da conscientização sobre o tema?

Todo 3 de junho é conhecido como o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil. Por sua vez, 11 de outubro é o Dia Mundial da Obesidade e, simultaneamente, Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Ambas as datas são muito importantes, pois trazem esse tema para a discussão não só no campo da saúde, mas principalmente para o dia a dia da população nas escolas, no trabalho, na mídia, na internet etc.

Afinal, é preciso entender o que representa a obesidade e os prejuízos associados a ela e o que pode levar crianças, jovens e adultos a desenvolvê-la. Para completar, é fundamental difundir que é possível, sim, prevenir essa condição. E o melhor de tudo: essa tarefa não é algo difícil de se colocar em prática. Ao contrário, começa com mudanças simples na rotina familiar e que pode ser complementado, quando necessário, por acompanhamento médico do seu plano de saúde.

Como evitar a obesidade mórbida infantil?

Para encerrar, trouxemos algumas dicas importantes para você evitar o sobrepeso e a obesidade infantis. Elas são extraídas de recomendações do livro técnico "Obesidade na infância e adolescência: Manual de Orientação", desenvolvido em 2019 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Tome nota!

Incentive a prática regular de atividades física

Exercita-se na escola, em clubes esportivos ou na área de lazer do condomínio, por exemplo, é fundamental durante a infância. Afinal, a atividade física gera aumento do gasto energético, o que reduz a possibilidade de acúmulo de gordura. Mas não só isso: ela também é benéfica para o organismo, melhorando a imunidade e contribuindo para um desenvolvimento mais saudável dos garotos e garotas.

Adquira novos hábitos alimentares 

A má alimentação é um ponto-chave para o surgimento desse problema de saúde, não só por favorecer o ganho de gordura corporal, mas também por manter um quadro de sobrepeso/obesidade e até contribui para a obesidade mórbida infantil. Por isso, é importante promover uma reeducação alimentar em casa. Por exemplo, cortando alimentos processados, reduzindo as porções de comida por refeição, aumentando a ingestão de frutas, verduras e legumes, estimulando o consumo diário de água, evitando aqueles produtos ricos em açúcar, sódio e gordura etc.

Adote um estilo de vida saudável compartilhado pela família

Além do que já foi dito, é importante que os pais tenham consciência de que os filhos observam e copiam os comportamentos dos adultos. Portanto, não adianta mudar a alimentação deles e impor exercícios e esportes no dia a dia dos pequenos quando eles veem que os pais fazem justamente o oposto daquilo que falam.

Inclusive, não se preocupando com a própria saúde e adquirindo sobrepeso ou obesidade. Por isso, é importante ter uma postura ativa e consciente quanto ao próprio bem-estar para que as crianças se inspirem e consigam, efetivamente, ter um estilo de vida saudável.

Como você leu até aqui, reconhecer a obesidade como um problema e atuar ativamente para mudar a rotina de hábitos, alimentação e cuidados com a sua família é essencial para reduzir os riscos das crianças desenvolvê-la e, infelizmente, até mesmo apresentarem um quadro de obesidade mórbida infantil. Por isso, se inspire em nossas dicas e garanta um estilo de vida mais equilibrado para os pequenos e com um crescimento físico e mental muito mais saudável.

Já que estamos falando sobre prevenção e cuidado com a saúde, aproveite para conhecer os planos Golden Cross e encontrar aquele que atende às necessidades de você e da sua família!

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