Você já ouviu falar em língua geográfica? Nunca? Bom, agora é a hora de entrar em contato com algo que pode, inclusive, ser parte de seu dia a dia! Essa é uma ocorrência pouco conhecida pela maioria das pessoas, apesar de relativamente comum. Isso, porque, muitas vezes, é assintomática.
Ter informação sobre os mais diversos tipos de problema — estejam eles presentes ou não em sua boca — é uma das formas mais eficientes de cuidar de nossa saúde bucal. Afinal, o conhecimento é algo que pode ser utilizado a seu favor, especialmente quando nos referimos aos cuidados necessários com a saúde e com a prevenção e ao diagnóstico precoce.
Sendo assim, hoje, discutiremos a língua geográfica. Falaremos sobre o que é esse problema, como ele se manifesta, quais são as suas causas e como tratá-lo de maneira eficaz. Tudo pronto? Então, vamos lá!
O que é a língua geográfica?
Uma língua considerada normal tem superfície lisa, sem rachaduras ou manchas de qualquer espécie. No entanto, nem todas as pessoas têm essa estrutura assim. Em alguns casos, a língua geográfica (cientificamente conhecida como glossite migratória benigna) pode estar presente.
Esse problema — que, como o nome técnico já indica, é completamente benigno — é caracterizado pela presença de lesões (em geral, avermelhadas e com contornos brancos) que se assemelham muito a um mapa.
Normalmente, esse problema atinge as crianças, especialmente as meninas. No entanto, também pode estar presente em pessoas do sexo masculino e de qualquer faixa etária. Em alguns casos, regride espontaneamente, sendo autolimitante.
Quais são os seus sintomas?
A língua geográfica, ao contrário do que se pode imaginar, não costuma gerar muitos sintomas. O mais clássico é, evidentemente, o surgimento de lesões bem características na superfície dessa estrutura. Elas podem facilmente ser observadas na hora da escovação, por exemplo.
Outro sintoma que pode aparecer com uma certa frequência é o ardor. Ele é normalmente observado quando o paciente ingere alimentos muito ácidos ou em temperaturas elevadas ou muito baixas.
Sendo assim, é sempre recomendado cuidar da alimentação e evitar esse tipo de ingredientes na dieta. Dessa forma, o desconforto na hora das refeições é consideravelmente reduzido ou, até mesmo, eliminado por completo, deixando o paciente livre de sintomas desagradáveis.
Como esse problema pode ser identificado?
Com sintomas pouco específicos como os vistos acima, pode parecer difícil identificar esse problema, não é mesmo? No entanto, não se preocupe: um dentista qualificado não levará mais do que alguns minutos para chegar a uma conclusão clara sobre o que está acontecendo com você.
O diagnóstico é dado a partir da coleta do histórico do paciente, de seus sinais clínicos e, claro, do exame presencial da superfície lingual.
Em alguns casos, no entanto, o profissional precisará realizar alguns exames para diagnosticar definitivamente o problema e, quem sabe, excluir outros tipos de ocorrências que podem afetar a língua. Raspagens e citologias são ótimos exemplos disso. Por isso, uma boa assistência odontológica é imprescindível.
Quais são as origens da língua geográfica?
Infelizmente, a ciência ainda não chegou a um consenso acerca desse tema. Por isso, as origens do problema são um pouco obscuras. No entanto, há muitas hipóteses que podem explicar a maior incidência dessa ocorrência em certos grupos de pessoas.
De modo geral, a língua geográfica é mais presente em:
- pessoas que tenham parentes com essa condição (genética e hereditariedade);
- pessoas com problemas respiratórios de origem alérgica (rinite ou asma);
- indivíduos que sofram com descamação epitelial (caspa) ou psoríase;
- pessoas que vivem sob estresse intenso e constante.
No entanto, isso não quer dizer que todas as pessoas que se enquadrem em um ou mais desses grupos sofrerão com esse problema. Ele acontece quase que de forma aleatória, pegando os pacientes de surpresa.
A língua geográfica pode ser passada de uma pessoa para outra?
Uma dúvida muito comum sobre esse assunto é se essa condição pode ser transmitida de um indivíduo para o outro, seja por meio do beijo ou do compartilhamento de utensílios, por exemplo. Você pode ficar tranquilo: não há nenhuma chance de passar esse problema para outra pessoa!
A língua geográfica é uma situação ocasionada nas células. Sendo assim, é uma ocorrência pessoal e exclusiva. Por não ser gerada por questões como vírus, fungos ou bactérias, é impossível transmiti-la aos que vivem próximos a você.
No entanto, mesmo assim, é importante ficar atento à higiene bucal, que deve ir muito além do cuidado com os dentes. Ainda que a língua geográfica não seja transmissível, outros problemas — incluindo até mesmo as cáries — podem atingir outras pessoas a partir do contato direto ou indireto.
Há algum tratamento disponível para a língua geográfica?
De modo geral, não. Como vimos ao longo da conversa, a língua geográfica é um problema de origem muito mais complexa do que imaginamos. Seu aparecimento, inclusive, está relacionado ao DNA do portador. Por isso, tratá-lo é algo que, infelizmente, ainda não é possível.
As boas notícias são: o problema não causa sintomas desconfortáveis na maioria dos casos e, ainda, há grandes chances de uma regressão espontânea do quadro. Por isso, o tratamento é apenas destinado a casos nos quais o paciente sente muita dor. Assim, são prescritos analgésicos, que podem ser aplicados ou tomados.
O tratamento também consiste em evitar certos tipos de alimentos e em manter uma higiene bucal dentro dos parâmetros considerados aceitáveis. Converse com o dentista responsável pelo seu caso e verifique se há a necessidade de cuidados especiais com a sua língua.
Como pudemos ver, a língua geográfica é um problema que não tem cura, mas de controle possível e relativamente simples. Com ele, o paciente pode levar uma vida normal, desde que faça o acompanhamento odontológico com a frequência necessária. Sendo assim, visitar o dentista a cada 6 meses e seguir as recomendações profissionais é essencial!
Gostaria de tirar dúvidas sobre ou tema ou, quem sabe, entender mais sobre os benefícios dos planos odontológicos para a sua saúde? Então, que tal entrar em contato com a equipe Golden Cross? Aguardamos a sua mensagem!