Quando falamos sobre segurança do trabalho e, claro, manutenção da saúde no ambiente empresarial, é comum que o nosso primeiro pensamento seja direcionado ao uso de EPIs ou a práticas como a ginástica laboral. No entanto, quase sempre esquecemos um princípio básico: a higiene ocupacional.
Problemas com higiene ou falta de saneamento básico foram responsáveis por algumas das doenças mais fatais de todos os tempos. A peste bubônica (conhecida também como peste negra), por exemplo, dizimou cerca de um terço de toda a população da Europa na Idade Média. Mais recentemente, a cólera também causou pânico em populações de todo o mundo.
Hoje, felizmente, sabemos que manter bons hábitos de limpeza é fundamental para a saúde. Assim, fortalecer esse conceito no âmbito profissional é essencial para evitar problemas. A seguir, vamos conversar mais sobre a higiene ocupacional, seus objetivos e como implementar essa política nas empresas. Boa leitura!
O que é a higiene ocupacional?
Estamos falando de um ramo da medicina do trabalho. Embora a higiene ocupacional não seja um sinônimo de segurança laboral, podemos afirmar que está diretamente relacionada com esse conceito, tornando-se fundamental para que toda a prevenção de danos à integridade física dos colaboradores seja adequada.
Como já vimos, diversos problemas de saúde são causados por conta da falta de hábitos realmente eficazes de higiene. Assim, de modo diretamente proporcional, é possível estabelecer uma relação no papel que os cuidados higiênicos têm com a prevenção de enfermidades que podem, no ambiente de trabalho, resultar em um acidente ou na queda de produtividade.
Qual é o objetivo da higiene ocupacional?
Como mencionado, as práticas desse tipo de cuidado são relacionadas à redução dos riscos de contaminação dos funcionários. Estes podem ser tanto gerados por agentes físicos (como a temperatura e a pressão, por exemplo), químicos (substâncias utilizadas no dia a dia do trabalho) e, principalmente, biológicos (vírus, bactérias, fungos e muitos outros).
De modo geral, os maiores focos da higiene ocupacional são aos agentes biológicos. Portanto, é feito um trabalho específico para evitar que os colaboradores entrem em contato com agentes patológicos, ou seja, que podem causar doenças e danos ao organismo. Funcionários enfermos, além de sofrerem as consequências da doença, estão mais suscetíveis a acidentes no ambiente de trabalho.
Quais são os principais agentes de risco nas empresas?
Os agentes de risco, especialmente os do tipo biológico, podem variar bastante, de acordo com a ocupação de cada funcionário. No entanto, podemos estabelecer uma relação com alguns dos problemas mais comumente causados por esses patógenos. Confira os tipos mais comuns:
- vírus (podem causar gripes, hepatites e outras doenças);
- fungos;
- bactérias (podem causar intoxicações alimentares e problemas respiratórios, por exemplo);
- protozoários (responsáveis por questões como a giardíase e a toxoplasmose);
- verminoses;
- parasitoses (como piolhos e outros).
Todos esses problemas podem ser prevenidos, ainda que não totalmente erradicados, com bons hábitos de higiene ocupacional. Esses cuidados favorecem uma significativa queda da taxa de contaminação, proporcionando mais qualidade de vida e bem-estar para toda a equipe.
Quais são as etapas de um programa de higiene ocupacional?
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a higiene ocupacional, que tal discutirmos as etapas desse programa? Assim, estaremos mais próximos de saber exatamente as medidas necessárias para a sua implementação. Vamos lá?
Antecipação
Antes de qualquer tipo de atitude, é fundamental que a equipe responsável pela higiene ocupacional faça um levantamento dos eventuais riscos aos quais os colaboradores estarão expostos naquele ambiente.
Assim, é feita uma espécie de mapeamento do local, observando onde e como os funcionários podem ser contaminados por algum tipo de agente. Com essa lista em mãos, passamos para a próxima etapa.
Reconhecimento
A fase de reconhecimento é aquela em que identificamos quais são os agentes, dando “nome aos bois”. Dessa forma, pode ser feita uma análise qualitativa em relação às causas dos problemas.
Ao contrário da fase de antecipação, onde acontece apenas uma observação básica, aqui, amostras efetivas são recolhidas (e testadas), para que possamos nos dirigir, então, à etapa de avaliação.
Avaliação
A avaliação consiste em mesclar as informações obtidas na fase de reconhecimento com os pilares da segurança do trabalho. Assim, são observados os limites de tolerância dos patógenos (a porcentagem de bactérias que podem estar presentes em um ambiente sem oferecerem risco à saúde, por exemplo).
Dessa forma, podem ser tomadas medidas a fim de reduzir os riscos oferecidos por tais agentes, aumentando a segurança de toda a equipe. O objetivo é começar a pensar em quais atitudes levarão à implementação de tais métodos preventivos.
Controle
Por fim, chegamos à fase de controle, a última de todo o processo. Aqui, é feita a adoção efetiva das medidas que começaram a tomar forma na etapa anterior.
É fundamental conversar com a equipe para que todos estejam cientes de quais são essas medidas, como elas funcionam e, claro, sua importância para a segurança de todos. A informação sobre tais fatores não pode ser deixada de lado e contribui fortemente para o sucesso da operação.
Como implementar esse cuidado de modo eficaz?
O primeiríssimo passo para a implementação efetiva de um sistema de higiene ocupacional é, claro, seguir os passos mencionados acima. Com eles, você pode criar uma política baseada em resultados e ter a segurança de que as medidas implementadas realmente vão funcionar.
No entanto, isso não é tudo: investir em um bom plano de saúde para os colaboradores também é fundamental. Isso permite que eles cuidem mais ativamente da própria saúde também fora do ambiente de trabalho, recorrendo à medicina preventiva. Logo, garantir atenção de saúde ao time é uma atitude que traz benefícios incríveis não só aos colaboradores, mas também à própria empresa.
Como podemos observar, a higiene ocupacional é um conceito que não pode ser deixado de fora das empresas. Ele é fundamental para a saúde e a qualidade de vida da equipe, conversando muito bem com o contexto da segurança do trabalho e fazendo com que as condições no ambiente profissional sejam as melhores possíveis.
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