O herpes labial é uma infecção viral comum que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Sua manifestação acontece por meio de pequenas bolhas dolorosas, geralmente agrupadas e chamadas de vesículas. Com conteúdo líquido, elas costumam aparecer na boca ou em regiões próximas. Após a ruptura das bolhas, uma crosta se forma no local.
É importante saber que essa é uma doença contagiosa, mesmo sem sintomas visíveis, espalhando-se por contato próximo com a pessoa contaminada. Infelizmente, o problema não tem cura e atrapalha nossa saúde ebem-estar. Conheça as causas e como evitar a contaminação!
Causas
O herpes labial é causado por cepas do vírus do herpes simples (HSV). O HSV-1 geralmente causa herpes labial, enquanto o HSV-2 é mais responsável pelo herpes genital. No entanto, qualquer um dos tipos pode causar feridas na região facial ou nos órgãos genitais.
As feridas são mais contagiosas quando existem bolhas no local, mas a transmissão também acontece quando não há sintomas. Gotículas de saliva, beijos, utensílios de cozinha e de uso pessoal podem espalhar o HSV-1. Além disso, o sexo oral consegue levar o HSV-1 para os órgãos genitais, e o HSV-2 para os lábios.
Depois que alguém tem um episódio de infecção por herpes, o vírus permanece adormecido nas células nervosas da pele. A recorrência pode ser desencadeada por:
- infecção viral ou febre;
- mudanças hormonais, como as relacionadas à menstruação;
- estresse;
- fadiga;
- exposição à luz solar;
- alterações no sistema imunológico.
Sintomas
Durante a primeira crise, é comum apresentar:
- febre;
- gengiva sensível ougengivite;
- dores da cabeça, na garganta ou musculares;
- linfonodos alterados.
Em algumas pessoas, os sinais podem ser muito leves e passar despercebidos. Sintomas sutis são facilmente confundidos com outra condição, como uma pequena rachadura ou corte na pele — causados devido a uma visita aodentista, excesso de frio, desidratação, picada de inseto ou espinhas.
Crianças menores de 5 anos podem ter lesões confundidas com aftas. Todavia, é importante saber que as aftas envolvem apenas a mucosa e não são causadas pelo vírus do herpes simples.
Estágios
Um quadro de herpes geralmente passa por vários estágios.Inicialmente, é comum uma sensação de coceira, queimação, dormência ou formigamento na região. Isso costuma acontecer um ou dois dias antes de um sinal pequeno, duro e doloroso.
Em seguida, normalmente, pequenas bolhas cheias de líquido surgem no canto da boca, onde a borda externa dos lábios encontra a pele do rosto. Feridas também aparecem ao redor do nariz, nas bochechas ou em outra região da face. Logo após, as pequenas bolhas podem se fundir e, então, estourar, deixando feridas rasas que vazam fluido e se espalham.
Os sinais e sintomas variam, dependendo se é a primeira crise ou uma recorrência. Costumam durar vários dias, e as bolhas levam entre duas e quatro semanas para cicatrizar completamente. As recorrências geralmente aparecem no mesmo local e tendem a ser menos graves que o primeiro surto.
Fatores de risco
Como é muito frequente, a maioria dos adultos — mesmo aqueles que nunca tiveram sintomas de uma infecção — testa positivo para o vírus que causa o herpes labial.
Aqueles que têm o sistema imunológico enfraquecido correm maior risco de complicações. Entre os fatores de risco que aumentam as chances, estão:
- queimaduras graves;
- eczema;
- quimioterapia para câncer;
- HIV e Aids;
- medicamentos antirrejeição para transplantes de órgãos.
Diagnóstico
Esse tipo de vírus geralmente é diagnosticado apenas com um exame físico. O médico normalmente verifica feridas locais e faz perguntas sobre alguns dos seus sintomas.
O profissional também pode solicitar um exame de cultura. Para isso, coleta uma amostra da área infectada e envia para um laboratório de análise.
Os exames de sangue para anticorpos para HSV-1 e HSV-2 também ajudam a diagnosticar essas infecções, sendo que essa conduta é mais indicada quando não há feridas presentes.
Complicações
Em algumas pessoas, o vírus que causa herpes labial provoca problemas em outras áreas do corpo — entre elas, as mãos de crianças que têm o hábito de chupar o polegar.
Às vezes, acontece uma infecção próximo aos olhos. Infecções locais repetidas podem causar cicatrizes e lesões, levando, até mesmo, a problemas de visão e cegueira.
Já os portadores de uma doença de pele chamada eczema correm maior risco de o herpes labial se espalhar por todo o corpo, o que é capaz de causar uma urgência médica.
Além disso, em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, o vírus consegue afetar órgãos como a medula espinhal e o cérebro.
Tratamento
Atualmente, não há cura para a doença. O tratamento tem como objetivo minimizar as feridas e limitar recorrências.
Os remédios mais usados são aciclovir, valaciclovir e fanciclovir, na forma oral ou de pomadas. Essas drogas são úteis para reduzir o risco de transmissão e minimizar a intensidade e frequência das crises. Em casos graves, esses medicamentos também podem ser administrados por injeção.
O recomendado é iniciar o uso da pomada ao menor sinal do herpes — de preferência, ainda na fase da coceira e formigamento. O mais provável é que os sintomas desapareçam à medida que o sistema imune do indivíduo se recupere.
Algumas pessoas têm surtos regulares, enquanto, em outras, o vírus fica inativo. Os especialistas acreditam que isso aconteça porque o corpo começa a criar anticorpos. Quando alguém saudável está infectado, dificilmente surgem complicações.
Prevenção
Embora não haja cura para o herpes, você pode tomar medidas para evitar contrair o vírus ou impedir a transmissão do HSV para seus amigos, colegas de trabalho e familiares. Considere tomar algumas medidas preventivas, tais como:
- evitar o contato físico direto com outras pessoas;
- aplicar protetor solar no local onde as bolhas costumam surgir;
- cuidar da suaalimentação, para reforçar a imunidade;
- não compartilhar itens pessoais, como copos, pratos, talheres, toalhas, roupas e maquiagem;
- não praticar sexo oral, beijo ou qualquer outro tipo de atividade sexual durante um surto;
- lavar bem as mãos e aplicar medicamentos com cotonetes para reduzir o contato com as feridas.
Além disso, caso você desenvolva herpes labial com frequência ou tenha alto risco para complicações sérias, seu médico pode prescrever um medicamento antiviral para ser usado regularmente.
Agora que você já sabe como prevenir o herpes labial, que tal conhecer quais os principaisproblemas nos dentes?