Doença é a principal causa de cegueira no mundo. Saiba como se prevenir.
O glaucoma é uma doença muito comum no Brasil, com cerca de 150 mil casos diagnosticados por ano. Caracterizado, na maioria das vezes, pelo aumento da pressão intraocular e pela lesão irreversível do nervo ótico, ele pode ter consequências graves, que vão desde a perda do campo visual e até a cegueira total.
A evolução do glaucoma, na maioria dos casos, costuma ser lenta, e seus sintomas demoram anos para se manifestar. Em casos mais raros, a doença surge abruptamente. Seja qual for o caso, quando a pessoa percebe algo errado, a doença já costuma estar em estágio avançado, e muitos dos danos já não podem ser reparados.
Por isso, a prevenção ainda é o melhor remédio para tratar o glaucoma, uma doença que ainda não tem cura, e cujos tratamentos, embora eficientes, estão concentram apenas na redução da pressão ocular e seus efeitos.
Neste artigo, conheça os tipos de glaucoma, as causas conhecidas, os principais tratamentos para a doença e a importância da prevenção para evitá-la.
Tipos de glaucoma
São quatro os tipos mais comuns de glaucoma, sendo o de ângulo aberto, disparado, o que mais ocorre.
Glaucoma de ângulo aberto, ou crônico: trata-se do tipo mais comum de glaucoma. Nele, o aumento na pressão ocular desenvolve-se lentamente com o passar do tempo, e a pressão elevada causa danos permanentes ao nervo ótico.
Glaucoma de ângulo fechado, ou agudo (raro): ocorre com um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular. Trata-se de uma emergência médica, que deve ser tratada imediatamente.
Glaucoma congênito (raro): o tipo em que a criança já nasce com a doença, Nele, os recém-nascidos apresentam globos oculares aumentados, além de córneas embaçadas.
Glaucoma secundário (raro): costuma ser causado por traumas, doenças oculares, e pelo uso de medicamentos corticoides.
Causas e fatores de risco para o glaucoma
O glaucoma se inicia com o aumento da produção, ou pela deficiência da drenagem, de um líquido chamado humor aquoso, produzido na parte anterior do olho. Esse fenômeno, por sua vez, está diretamente associado ao aumento da pressão dentro do olho, o que acaba por causar lesões no nervo ótico.
A medicina, apesar de ainda não compreender totalmente a relação entre o aumento da pressão intraocular e a lesão do nervo, já consegue, com seu conhecimento, apontar alguns fatores de risco.
- A própria pressão intraocular elevada (o mais importante dos fatores);
- Idade avançada, acima dos 40 anos;
- História familiar de glaucoma;
- Cor da pele: indivíduos negros são mais propensos a desenvolver o glaucoma crônico, o mais comum de todos, quando comparados a indivíduos caucasianos;
- Doenças oculares, como alguns tumores, descolamento de retina etc.;
- Uso contínuo de medicamentos à base de corticosteroides.
Principais sintomas
O glaucoma não costuma ter sintomas em sua fase inicial, sendo muito importante que as pessoas façam exames de rotina. Por isso, anote aí:
“Exames oftalmológicos regulares são a principal forma para a detecção de glaucoma. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão da doença e complicações mais graves.”
Alguns sintomas, entretanto, podem surgir. Se você identificar algum deles, procure imediatamente um oftalmologista.
- Dores locais nos olhos ou dor de cabeça;
- Enxergar halos ao redor das luzes, perda de visão, visão distorcida ou visão embaçada;
- Ocorrência de náusea ou vômito sem causa aparente;
- Olhos vermelhos.
Tratamentos
O glaucoma não tem cura. Por isso, uma vez instalada a doença, o objetivo do tratamento passa a ser reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo de glaucoma, isso pode ser feito por meio de medicamentos ou até mesmo por cirurgia.
No caso das pessoas com glaucoma de ângulo aberto, ou crônico, o mais comum, o tratamento com colírios costuma ser bem-sucedido. Em alguns casos, pílulas para baixar a pressão intraocular podem ser prescritas pelo médico.
Alguns pacientes podem ainda precisar de outras formas de tratamento, como o laser, para auxiliar na desobstrução da circulação do humor aquoso, ou recorrer a uma cirurgia tradicional para abrir um novo canal para o fluxo do líquido.
Tratamento para outros tipos de glaucoma
Glaucoma de ângulo fechado, ou agudo: trata-se de uma emergência médica. Além de colírios e pílulas, os médicos podem recorrer a medicamentos intravenosos para baixar a pressão intraocular. Alguns pacientes ainda precisam ser submetidos a uma operação de emergência.
Glaucoma congênito: essa forma de glaucoma é sempre tratada com cirurgia.
Importante: o diagnóstico e o tratamento de qualquer um dos tipos de glaucoma devem ser feitos e prescritos por um médico oftalmologista. Por isso, não deixe de consultar o seu regularmente e previna-se!