Fumante passivo: entenda quais são os riscos

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Provavelmente, você conhece alguém que é tabagista ou mesmo já deixou esse hábito para trás. Porém, e quando se trata de quem é fumante passivo? Você consegue definir o que significa esse conceito e diferenciar quais pessoas se enquadram em cada caso? Se a sua resposta foi um "não" ou um "talvez", fique tranquilo. Neste artigo, vamos esclarecer o que caracteriza quem é fumante ativo e quem é fumante passivo.

Para completar, você ainda vai conferir alguns dados importantes sobre o hábito de fumar no Brasil e conferir dicas práticas para evitar complicações de saúde causadas por ele. Continue a leitura!

O que é fumante passivo?

Embora o termo possa causar dúvidas, ele é bem simples. Trata-se de uma definição usada para aquela pessoa que não faz uso de cigarro comum, nem tampouco cigarro eletrônico. Porém, ela convive com indivíduos, como amigos, colegas e familiares, com o hábito de fumar e que o fazem próximo a ela. Como resultado, ela acaba inalando com certa frequência a fumaça desses produtos — que contém tabaco (ou a nicotina isolada), além de outras substâncias tóxicas para o nosso organismo.

Além disso, essa mesma pessoa também frequenta locais onde não há divisão de espaço para fumantes e não fumantes, algo que só contribui para aumentar a exposição à fumaça do tabaco. É por essa razão que a lei nº 9.294/96 proíbe o uso desses produtos em ambientes públicos e privados de uso coletivo, como hospitais, bibliotecas, meios de transporte público e afins. Afinal de contas, é sabido os ricos que essa prática pode trazer para toda a população.

Qual diferença entre fumante ativo e passivo?

O fumante ativo é aquele que, de maneira consciente e intencional, escolhe fumar ou ter isso como um hábito da rotina. Portanto, ele consome tabaco (ou mesmo outros conteúdos ilícitos) não somente através dos diferentes tipos de cigarro, mas também do cachimbo e do charuto. 

Ou seja, há uma diferença significativa entre ele e o fumante passivo — que, por sua vez, não usa nada. Porém, "consome indiretamente" os mesmo produtos que as pessoas do primeiro grupo por conta da exposição à fumaça e a inalação dela. Tudo em decorrência da convivência afetiva e/ou social com quem fuma.

Quais os dados de fumante passivo no Brasil?

Segundo o Painel de Indicadores de Saúde, que reúne dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE, 12,60% da população adulta do país pratica o tabagismo. Isso representa cerca de 24,6 milhões de pessoas. Porém, o dado que chama atenção é que praticamente a mesma porcentagem é de cidadãos que são fumantes passivos porque moram com indivíduos que fumam ativamente. Trata-se de 9,6% dos brasileiros. Ou seja, aproximadamente 19,4 milhões de habitantes em todo o território nacional. Um número bastante marcante.

Quais são os riscos do fumante passivo?

Quem se torna fumante passivo, ciente do que está acontecendo ou não, tem probabilidade de desenvolver muitos dos problemas que os tabagistas podem apresentar ao longo da vida. Afinal, a fumaça liberada por cigarros e outros produtos do tipo ficam no ambiente, se concentrando principalmente em espaços fechados, e espalham inúmeras substâncias tóxicas que você inala mesmo não querendo.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) indica que, como consequência, podem surgir alergias, doenças respiratórias e cardiovasculares e até cânceres. Essa exposição é ainda mais grave quando se trata de gestantes — que podem, infelizmente, ter complicações na gravidez e até perder o bebê — e crianças — que têm mais chances de desenvolverem problemas de saúde (por contarem um sistema imunológico menos resistente que adultos) e apresentarem morte súbita.

Como evitar ser fumante passivo?

O primeiro passo é prevenir situações que o coloquem no papel de fumante passivo, mesmo que seja algo apenas pontual. Por exemplo, ao sair com conhecidos que são tabagistas, não os acompanhe quando eles se dirigirem a áreas reservadas para fumantes. Espere que eles retornem à sua mesa ou ao local em que você está. Mesmo que se tratem de espaços abertos, você acabará próximo da fumaça do tabaco.

Ao viajar para fora do país e frequentar estabelecimentos com recintos compartilhados entre fumantes e não fumantes, só permaneça neles se houver ambientes livres de cigarro (comuns e eletrônicos) e afins. Do contrário, retire-se pela sua saúde. Ao pegar ou dar carona para outras pessoas, oriente elas para não fumarem dentro do veículo, mesmo que as janelas estejam abertas. Isso porque a direção e a velocidade dos ventos pode trazer ou manter a fumaça (parcial ou totalmente) no interior do carro.

Ao participar de confraternizações ou celebrações, mantenha distância de pessoas que estejam usando tabaco. Isso é ainda mais importante se o evento for em locais fechados ou semiabertos, como a casa do anfitrião ou espaços de lazer de condomínio parcialmente cobertos (como área de churrasqueira e cozinha gourmet). "E para quem mora com fumantes? O que fazer?", você pode estar se perguntando.

Se esse for o seu caso, é indispensável ter uma conversa franca com a pessoa e estabelecer, em comum acordo, regras para uma boa convivência e respeito mútuo. Por exemplo: o outro morador poderá fumar normalmente, desde que faça isso apenas em cantos abertos ou mesmo externos ao interior da residência (sala, quartos, banheiros etc.) onde a fumaça pode se dissipar por completo. Por exemplo, varandas, sacadas, quintais, jardins e terraços. Isso é necessário para que os demais familiares não acabem expostos ao tabaco contra a própria vontade.

Agora você já sabe o que muda do fumante ativo para o fumante passivo e como é importante não fazer desse segundo grupo. Afinal, há diversos riscos que ele pode trazer para a sua saúde mesmo você não sendo tabagista. Portanto, assuma uma postura ativa e preventiva contra o tabaco no seu dia a dia. Para isso, as sugestões apresentadas neste post vão ser de grande ajuda. Inspire-se nelas e estimule seus amigos e familiares a também segui-las.

Gostou de saber mais sobre o assunto? Então não deixe de conferir o nosso blog e ler os demais textos sobre saúde e qualidade de vida!

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