O papel do dentista é ajudar os seus pacientes a prevenir problemas bucais e tratar aqueles já existentes. Nos procedimentos realizados, evita-se ao máximo realizar uma extração de dente (exodontia), entretanto, em alguns casos, ela é a melhor alternativa.
Apesar de ser considerado um método de mutilação que pode interferir no equilíbrio das arcadas dentárias, além de abalar a autoestima do paciente, a extração pode ajudar a evitar problemas maiores.
Mas como é definida a necessidade de fazer a extração? É essa pergunta que responderemos neste artigo. Continue lendo para descobrir quando esse procedimento precisa ser realizado, quais são as técnicas utilizadas e os cuidados recomendados para garantir uma boa recuperação.
Quando uma extração de dente é necessária?
Antigamente não havia tantos recursos como hoje e, por isso, a extração de dente era comumente praticada. Porém, agora já se sabe os prejuízos que pode causar para a funcionalidade das arcadas e a autoestima do paciente, o dentista estuda cada caso minuciosamente para verificar se realmente é preciso recorrer a essa técnica.
Ela somente é realizada quando, de fato, não é possível realizar um tratamento eficaz ou existe um risco muito grande de um dente causar prejuízos a outras estruturas da boca. A seguir, apresentamos algumas situações em que a extração é realmente indispensável e por que ela precisa ser feita. Confira!
Cáries profundas
A cárie provoca o desgaste da estrutura dentária. Ela é originada pela ação de bactérias e, se não tratada, se torna profunda. Quando isso acontece, a lesão atinge estruturas vitais do dente — e nem sempre é possível recuperá-lo.
Infecções
Dependendo da gravidade de uma infecção de dente, tratamentos convencionais realizados com medicamentos, por exemplo, podem não ser suficientes. Se o dentista perceber que existe o risco de o problema se estender e comprometer outras estruturas, ele opta por fazer a extração do dente afetado.
Dente incluso
Um dente incluso é aquele que nasceu parcialmente ou não conseguiu nascer. Ele fica preso no osso e, por isso, pode provocar sintomas muito incômodos e até mesmo abalar o restante da dentição. É muito comum acontecer com dentes de siso, que são retirados para que não haja prejuízos maiores.
Falta de espaço na arcada
Algumas pessoas apresentam uma arcada dentária muito pequena, que não comporta todos os 32 dentes. Quando isso acontece, alguns pacientes que precisam de tratamento ortodôntico também podem ter outros dentes retirados, a fim de aumentar esse espaço para alinhar a arcada e garantir o encaixe da mordida.
Quais são os tipos de extração de dente?
Como você pôde ver, a extração de dente é realizada em situações muito diferentes. O dentista utiliza a técnica mais adequada de acordo com o problema, as características do caso e a necessidade de cada paciente. Podem ser realizados os procedimentos simples ou cirúrgicos, sobre os quais falaremos a seguir.
Extração simples
A extração de dente simples é feita quando ele já nasceu completamente, mas está doente ou provocando prejuízos para o restante da arcada. Trata-se de um método menos invasivo, pois não há necessidade de fazer cortes.
Esse procedimento demanda a aplicação de uma anestesia local, no próprio consultório do dentista, que pode ser um clínico geral. Ele utiliza uma ferramenta específica para fazer alavanca, deixar o dente mole e solto. Em seguida, utiliza o fórceps odontológico para removê-lo completamente.
Extração cirúrgica
A extração cirúrgica é adotada nos casos em que o dente nasceu parcialmente, está incluso ou é preciso remover fragmentos que ainda estão presos na arcada. Essa técnica é feita apenas com aplicação de anestesia local e em consultório, mas só pode ser realizada por um cirurgião dentista ou especializado em cirurgia bucomaxilofacial.
Para realização desse tipo de extração, deve-se fazer um corte na gengiva para ter acesso ao local da extração. Em alguns casos também é preciso remover uma parte do osso que está recobrindo o dente, o que torna o procedimento um pouco mais complexo.
Que cuidados são necessários após a extração de dente?
Tanto a extração de dente cirúrgica quanto a simples exigem cuidados para que os tecidos se recuperarem sem nenhuma complicação. Embora cada caso seja o único, existem algumas recomendações que são gerais para os pacientes. Veja quais são elas!
Ficar em repouso
Nas primeiras 24 horas após a extração de dente, é recomendado manter repouso, tendo em vista que as atividades físicas aumentam o risco de sangramentos, dores ou incômodos. Também é importante evitar a exposição ao sol e falar o menos possível.
Manter uma boa higiene bucal
A higiene bucal é fundamental para não favorecer a proliferação de bactérias. Elas poderiam desencadear processos inflamatórios ou infecções, prejudicando a recuperação dos tecidos. Por isso, escove os dentes após cada refeição e converse com o dentista sobre o modo correto de higienizar a área da extração.
Adequar o cardápio
A alimentação faz toda diferença no período pós-extração de dente. O ideal é que nos primeiros dias sejam realizadas refeições líquidas, cremosas ou pastosas, que não exigem força mastigatória. Também é importante evitar alimentos quentes demais, sendo que os frios e gelados ajudam no conforto e na redução do inchaço.
Evitar movimentos intensos com a boca
Além de não falar muito, é preciso evitar outros movimentos intensos com a boca, como cuspir, fazer bochechos ou sucção. Isso porque eles podem promover uma pressão maior na área da extração, ocasionando sangramentos e dor.
Abster-se de tabaco e bebidas alcoólicas
O tabaco contém muitas toxinas que reduzem a capacidade de cicatrização do organismo e, portanto, precisa ser evitado após a extração de dente. As bebidas alcoólicas, por sua vez, são agressivas demais e prejudicam a recuperação.
Caso o dentista recomende medicamentos, eles precisam ser administrados no momento certo. E não se esqueça de comparecer à consulta de retorno após a extração de dente, para passar pela avaliação do profissional, garantir uma recuperação tranquila e o equilíbrio da sua saúde bucal.
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