O câncer atinge cerca de 12 milhões de pessoas por ano em todo mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer(INCA), estima-se em 596 mil novos casos no Brasil em 2016.
Embora existam diversos tipos de tumor, grande parte dos pacientes acaba sendo tratada com radioterapia. Eficiente, a técnica permite que o paciente não abra mão de suas atividades sociais e profissionais, apesar de apresentar possíveis efeitos colaterais em alguns casos.
Quando a radioterapia é indicada.
A indicação mais adequada para o tratamento do câncer é sempre feita por médicos oncologistas, que irão realizar diversos exames prévios para avaliar cada caso.
Dependendo do diagnóstico e do tipo de tumor, a radioterapia pode ser recomendada – de forma isolada ou em conjunto com outros tratamentos, como quimioterapia e intervenções cirúrgicas.
A radioterapia pode ser indicada com diferentes objetivos e a resposta ao tratamento varia muito de acordo com o estado da doença em cada paciente. Veja alguns exemplos de indicações:
+ Radical (ou curativa): quando se busca a cura total do tumor.
+ Remissiva: quando o objetivo é apenas a redução do tumor.
+ Profilática: quando não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas (que perderam suas características fisiológicas normais).
+ Paliativa: quando se busca diminuição de sintomas como dor intensa e sangramento.
Como funciona na prática.
Na radioterapia são utilizadas radiações ionizantes que têm o objetivo de destruir ou impedir que as células de um tumor aumentem, buscando o menor dano possível às células normais mais próximas. Estes raios não são vistos, e durante a aplicação o paciente não sente nada.
O tratamento pode ser aplicado de duas formas, de acordo com a localização do tumor:
+ Radioterapia externa (ou teleterapia): as radiações são feitas através de aparelhos que ficam afastados do paciente e que direcionam a radiação ao local a ser tratado. Na maioria das vezes é realizada com aplicações diárias, no tempo definido pelo médico.
+ Radioterapia de contato (ou braquiterapia): a radiação é emitida por meio de aparelhos que ficam próximos ao tumor a ser tratado. É usada para tratamento de tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiroide e da próstata.
Possíveis efeitos colaterais.
Cada pessoa reage de forma diferente ao tratamento, mas alguns efeitos indesejáveis ocorrem com certa frequência, entre os quais estão:
Cansaço ou fadiga.
Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos.
Reações da pele*, como coceiras, vermelhidão, irritação, secura etc.
*durante a radioterapia é preciso tomar alguns cuidados especiais com a pele, tais como usar toalhas macias sem esfregar, evitar o uso de substâncias como cremes na área de tratamento e usar roupas confortáveis feitas de algodão.
É importante ressaltar que todos estes efeitos, caso ocorram, tendem a aparecer ao final da segunda semana de aplicação e desparecer poucas semanas após o fim do tratamento (alguns podem durar mais).
Além disso, o paciente deve informar todo e qualquer sintoma colateral durante as consultas de revisão, que geralmente são semanais.
Nada de mudanças radicais na rotina.
Quem faz radioterapia não precisa se afastar de crianças ou gestantes e poderá abraçar, beijar e manter relações sexuais sem risco de expor outras pessoas à radiação (que permanece no corpo apenas durante o tempo que o paciente fica junto ao aparelho).
De acordo com o INCA, durante a radioterapia algumas pessoas preferem se afastar do trabalho, enquanto outras preferem continuar trabalhando, mesmo que com uma jornada reduzida.
Não há regra, depende de cada um. Caso o paciente prefira manter suas atividades, deve pedir ao médico que programe um tratamento de acordo com sua disponibilidade.
Fontes e Referências: INCA Instituto Brasileiro de Controle do Câncer.