Com certeza você conhece alguém que vive com dores no estômago, azia ou refluxo, não é mesmo? Estes sintomas, muito comuns, podem ter relação direta com o estresse, má alimentação ou mesmo com doenças graves, como a gastrite.
O exame que identifica as causas destes incômodos – e realiza outros procedimentos menos conhecidos – também é bastante familiar a todos. Trata-se da endoscopia digestiva alta, ou, simplesmente, endoscopia.
O que é endoscopia?
É um procedimento que permite a análise das paredes da parte superior do aparelho digestivo, composta por esôfago, estômago e o a primeira parte do intestino delgado, ou duodeno.
O exame é feito por meio de um tubo fino e flexível, o endoscópio, que é capaz de capturar imagens do sistema digestivo e transmiti-las para um monitor de vídeo, onde são analisadas pelo médico em tempo real.
A endoscopia pode ser aplicada para diversos fins, tais como:
- Identificação de infecções e inflamações no sistema digestivo.
- Colocação de sondas e drenos em pacientes.
- Retirada de pólipos ou corpos estranhos (muitas vezes engolidos por crianças).
- Obtenção de biópsias, pequenos fragmentos de tecido, que auxiliarão na identificação de diversas doenças.
Importante: a aplicação deve ser feita por um médico gastroenterologista, preferencialmente com especialização em Endoscopia Digestiva.
Quando a endoscopia é indicada?
O exame sempre deve ser prescrito por um médico. Ele irá solicitá-lo se você apresentar alguns sintomas ou doenças, entre os quais estão:
- Náuseas e vômitos (com ou sem sangramento).
- Azia.
- Dor ou desconforto na parte superior do abdômen.
- Sensação de satisfação durante as refeições mais cedo do que o usual.
- Dor ao engolir.
- Cirrose no fígado (para identificação de varizes que precisam ser tratadas).
- Doença de Crohn (para acompanhamento de rotina)
Como funciona na prática
O exame costuma ser rápido, durando de cinco a vinte minutos. Para que o paciente não sinta qualquer desconforto, é aplicado um anestésico local na garganta antes do procedimento. A maioria das pessoas ainda recebe uma solução sedativa.
Em seguida, o endoscópio é inserido, passando pelo esôfago, estômago e duodeno, e o médico que estiver aplicando o exame irá realizar os procedimentos prescritos.
Importante: por conta da aplicação dos medicamentos sedativos, o paciente deve estar sempre acompanhado por alguém capaz de auxiliá-lo e levá-lo para casa.
Após a endoscopia
Ao término do exame, o paciente permanece em repouso por cerca de 30 minutos ou até que os principais efeitos dos medicamentos desapareçam.
Alguns efeitos leves e passageiros podem ser sentidos, como garganta um pouco dormente ou levemente dolorida e sensação de estufamento no abdome (pelo ar colocado no estômago).
Quem recebeu os sedativos deverá repousar, não podendo dirigir, trabalhar ou tomar decisões importantes pelo resto do dia. Algumas pessoas até sentem-se bem dispostas após o a endoscopia, mas os médicos não abrem exceções porque a sedação diminui os reflexos por várias horas.
Existem riscos?
Complicações decorrentes da endoscopia são muito raras, mas podem ocorrer.
Há pequenas chances de haver perfurações, hemorragia no local de biópsias e reações aos medicamentos. Por isso é importante que o paciente fique atento a sinais como febre, dificuldade para respirar e engolir, pressão arterial alta e dores em geral, informando imediatamente ao seu médico caso ocorram.
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