Apesar de criticado, o estresse no trabalho nem sempre é ruim. Uma pequena dose pode ajudar a manter o foco, a energia e a capacidade de enfrentar novos desafios. É o que nos mantém alerta durante uma apresentação ou para evitar erros e acidentes.
Infelizmente, no mundo agitado de hoje, os empregos, muitas vezes, parecem uma montanha-russa emocional. Prazos apertados e demandas sempre crescentes podem causar preocupação e sobrecarga. Quando o estresse é alto, ele deixa de ser útil e começa a causar danos à mente e ao corpo.
Não podemos controlar tudo no ambiente de trabalho, mas isso não significa que nada possa ser feito. Se os sintomas estão interferindo no desempenho, na saúde ou na vida pessoal, é hora de agir. Continue a leitura e saiba como combater esse problema!
O que pode causar estresse no trabalho?
O local de trabalho é uma fonte importante de demandas e situações que causam estresse. Entre elas, estão:
- cargas de trabalho elevadas — quantidades excessivas de tarefas e prazos pequenos fazem as pessoas se sentirem pressionadas e sobrecarregadas;
- falta de apoio — ausência de suporte interpessoal ou más relações com os colegas, levam o indivíduo a se sentir sozinho;
- preocupações com segurança no trabalho — tensões relacionadas à estabilidade do emprego, à falta de oportunidades na carreira ou à remuneração;
- bullying ou assédio;
- problemas com adaptação à mudança — dificuldade em se estabelecer em um novo cargo, tanto no sentido de atender às demandas da nova função quanto em se adaptar a possíveis mudanças no relacionamento com os colegas;
- excesso de gerenciamento — isso pode fazer com que os funcionários se sintam desvalorizados, afetando sua autoestima;
- comunicação insuficiente ou ausente — falha em manter os colaboradores informados sobre as principais alterações nos negócios, gerando insegurança sobre o futuro;
- cargas de trabalho insuficientes — faz as pessoas sentirem que suas habilidades estão sendo subutilizadas. Isso pode fazer com que se sintam menos seguras em suas funções profissionais;
- liderança fraca ou ineficaz — deixa os colaboradores com a sensação de que não têm um senso de direção e dificulta a retenção de talentos nas empresas;
- falta de habilidade — pessoas que são solicitadas a fazer um trabalho para o qual não têm experiência ou treinamento;
- ambiente físico ruim — por exemplo, calor, frio ou ruído excessivos, pouca iluminação, assentos desconfortáveis ou equipamento com defeito.
Quais os sinais de estresse?
Quando alguém se sente sobrecarregado no trabalho, perde a confiança e pode ficar irritado ou se retrair. Outros sinais e sintomas incluem:
- apatia ou perda de interesse no trabalho;
- dificuldades para dormir;
- desconforto ou dores abdominais;
- doenças ocupacionais, como ansiedade e depressão;
- fadiga;
- problemas de concentração;
- tensão muscular ou dores de cabeça;
- perda do desejo sexual;
- abuso de álcool ou drogas.
Como reduzir o estresse no trabalho?
A maioria das intervenções para reduzir os riscos à saúde associados ao estresse e garantir mais qualidade de vida no trabalho envolve abordagens individuais e organizacionais.
As individuais incluem treinamento e serviços de psicologia — clínica, ocupacional ou aconselhamento —, que devem ter como objetivo alterar habilidades e recursos da pessoa e ajudá-la a mudar a sua situação.
A prevenção e o gerenciamento do estresse no local de trabalho requerem intervenções em nível organizacional, porque é nesse ambiente que ele surge. As intervenções organizacionais podem ser de vários tipos, desde estruturais (por exemplo, níveis de pessoal, horários de trabalho, ambiente físico) até psicológicas (tais como apoio social e maior controle).
Quando o estresse ameaça sobrecarregá-lo, existem coisas simples e práticas capazes de ajudá-lo. Veja abaixo.
Criar um cronograma equilibrado
Muito trabalho e nenhuma diversão é uma receita para a exaustão. Tente encontrar um equilíbrio entre vida profissional e familiar, atividades sociais, responsabilidades diárias, atividade física e lazer.
Planejar pausas regulares
Certifique-se de fazer pausas curtas ao longo do dia para passear, conversar com alguém conhecido ou praticar uma técnica de relaxamento. Além disso, tente se afastar da sua mesa ou local de trabalho para almoçar. Isso ajuda a relaxar, recarregar as energias e ser mais produtivo.
Dividir os projetos em pequenas etapas
Se parece que não vai dar conta de um projeto grande, concentre-se em uma etapa de cada vez, em vez de querer fazer tudo ao mesmo tempo.
Estabelecer limites saudáveis
Muitos de nós nos sentimos pressionados a estar disponíveis 24 horas por dia, mas é importante manter períodos desligados. Isso pode significar não verificar e-mails nem atender chamadas de trabalho em casa à noite ou durante os fins de semana.
Priorizar tarefas
Enfrente, primeiro, as tarefas de alta prioridade. Caso tenha algo particularmente desagradável para fazer, termine logo, e o resto do seu dia será mais agradável.
Delegar responsabilidades
Nem sempre você precisa fazer tudo sozinho. Deixe de lado o desejo de controlar cada pequeno passo e fique menos estressado.
Qual o papel da empresa nesse processo?
Cada vez mais, está sendo reconhecido que as empresas têm o dever — em muitos casos, legal — de garantir a saúde no trabalho.
Também é de interesse econômico evitar o estresse, já que ele pode promover o absenteísmo e até aposentadorias precoces. Ainda, é capaz de aumentar os níveis de tensão nos demais funcionários, prejudicar o desempenho no trabalho, aumentar a taxa de acidentes e reduzir a satisfação dos clientes.
A análise de riscos estressantes no trabalho deve considerar todos os aspectos do seu design e gerenciamento e seu contexto social e organizacional. Embora a prioridade seja a prevenção, medidas de proteção podem ser introduzidas para controlar o risco e reduzir os efeitos de um determinado perigo.
Os recursos que ajudam a atender às pressões e demandas enfrentadas no trabalho incluem características pessoais, como habilidades de enfrentamento (por exemplo, resolução de problemas, assertividade e gerenciamento de tempo), bem como um ambiente adequado e apoio social. Tais ferramentas podem ser melhoradas por meio de investimentos em infraestrutura, treinamentos e boas práticas de gerenciamento empresarial.
O sucesso ao lidar com esse problema depende da cultura e do clima organizacional. O estresse deve ser visto como informação útil para orientar a ação, não como fraqueza dos indivíduos. Um ambiente que trabalhe com abertura e compreensão, em vez de atribuição de culpa e crítica, é essencial.
A construção desse modelo de cultura requer liderança ativa, além do desenvolvimento e implementação de uma política de combate ao estresse no trabalho. Envolve, ainda, sistemas para identificar problemas precocemente, revisão e melhoria das estratégias para resolvê-los e garantias de reconhecimento e benefícios pelo serviço prestado.
Combater o estresse é essencial para garantir mais saúde e produtividade dos funcionários. Confira, agora, nosso post sobre a importância do bem-estar no trabalho!