A endocrinologia é o ramo da medicina que estuda o sistema endócrino e trata os distúrbios e doenças causados pelas alterações hormonais.
Hormônio, aliás, é uma palavra-chave desta especialidade, dando origem inclusive ao seu nome (uma derivação do grego): endo vem de interno, e krino de secretar. Ou seja, “secreção interna”, referindo-se justamente aos hormônios.
A atenção dada aos hormônios se justifica. Praticamente todas as funções orgânicas são reguladas por eles. Por isso, as alterações em sua produção têm efeitos em diversos órgãos e podem causar diferentes tipos de problema, o que torna o campo de atuação da endocrinologia muito amplo.
Quando procurar um endocrinologista?
A endocrinologia é uma especialidade relativamente nova no Brasil, introduzida por aqui na década de 1980. Talvez por isto, e por abranger tantos órgãos e sistemas do corpo humano, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando procurar um médico endocrinologista.
Veja abaixo algumas das situações mais comuns que justificam uma consulta com um especialista.
Menopausa: trata-se da interrupção dos ciclos menstruais, que ocorre por causa da cessação da secreção hormonal dos ovários. O endocrinologista pode, após anamnese, indicar a reposição hormonal para amenizar o desconforto e os riscos decorrentes deste período.
Excesso de pelos em mulheres: também conhecido como hirsutismo, pode até ser embaraçoso, mas não representa um grave risco à saúde. O tratamento, após análise clínica, pode ser feito com medicamentos ou mesmo com cremes tópicos.
Obesidade: problema que acomete cada vez mais crianças e adultos e que representa um verdadeiro risco à saúde, podendo gerar diversas complicações cardiovasculares, ortopédicas, entre outras. Os tratamentos costumam envolver planejamento alimentar associado a atividades físicas.
Diabetes: doença muito comum* causada pela deficiência na produção de insulina, que controla o nível de glicose do sangue. Seus principais sintomas são excesso de urina, sede e fome intensas, cicatrização ineficiente, cansaço, entre outros. O tratamento geralmente é feito com acompanhamento regular e medicamentos que controlam a taxa de glicose do sangue.
*Há dois tipos de diabetes mais comuns, tipo I e tipo II, além da diabetes gestacional.
Problemas na tireoide: glândula que regula a função de importantes órgãos, como o coração e o cérebro, além de estar ligada ao crescimento, ao peso, entre outros. Em mau funcionamento, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo).
Seus principais sintomas são: aumento de volume do pescoço, coração acelerado, perda ou ganho de peso, excesso de frio ou calor, entre outros. O tratamento é feito, na maioria dos casos, com o uso de medicamentos que estabilizam a produção da tireoide e restauram os níveis hormonais adequados.
Osteoporose: trata-se de uma doença endócrina que causa enfraquecimento dos ossos, mais comum em pessoas idosas. Seus principais sintomas são: dores localizadas e fraturas frequentes. Os principais tratamentos envolvem medicamentos, suplementos e atividades físicas que buscam fortalecer os ossos.
Glândulas suprarrenais (ou adrenais): localizadas acima dos rins, são responsáveis por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, além de alguns hormônios sexuais e a adrenalina. Diversas doenças podem estar relacionadas com seu mau funcionamento. Os principais sintomas, em geral, são: aumento de peso, estrias avermelhadas, pressão alta (ou baixa) e escurecimento da pele. O tratamento, na maioria das vezes, consiste na reposição dos hormônios em falta.
Outras disfunções tratadas
Além dos problemas listados acima, o endocrinologista ainda está apto a tratar outras disfunções, como: aumento das taxas de colesterol e triglicerídeos; andropausa; distúrbios da puberdade e do crescimento infantil; e doenças da hipófise.
Cuidados com a saúde
As doenças endócrinas podem se originar a partir de vários fatores, mas hábitos como sedentarismo, má alimentação e vida estressante podem sim desencadear diversas disfunções em nosso corpo. Por isso, além de visitar seu médico regularmente, procure adotar um estilo de vida saudável. Veja algumas dicas:
- hidrate-se adequadamente. Prefira água e sucos naturais a bebidas artificiais;
- alimente-se em intervalos regulares. Evite o jejum e aquela fome inesperada que ajuda, e muito, a ganhar peso;
- dê preferência a alimentos integrais, ricos em fibras, que auxiliam o sistema digestivo, promovem maior saciedade e controlam os níveis de colesterol e glicemia no sangue.
- Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes;
- pratique exercícios regularmente; a atividade física favorece o controle da pressão arterial, ajuda na perda de peso e reduz o estresse.
- evite comer depressa; este hábito prejudica o controle da ingestão de alimentos e, muitas vezes, contribui para comermos mais do que o necessário.
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