Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

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No dia 1º de dezembro, comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (ou síndrome da imunodeficiência adquirida), doença que ataca o sistema imunológico e que torna o organismo mais vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado a infecções mais graves.

A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e desde 1988 é celebrada todos os anos no Brasil. Seus principais objetivos são levar informação sobre a doença à sociedade e diminuir o preconceito com relação ao assunto.

Como forma de contribuir com a mobilização, este blog faz uma breve apresentação da doença e repercute os últimos dados sobre a AIDS no país (divulgados no dia 30 de novembro pelo Ministério da Saúde).

O que é AIDS

Trata-se de uma doença causada pelo vírus HIV, transmitida principalmente pelo contato sexual desprotegido com outra pessoa contaminada, mas também por transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e objetos cortantes que possam conter material sanguíneo de alguém com o vírus.

É importante salientar que a simples presença do vírus não caracteriza a doença. Para entender essa diferença, conheça os principais estágios do HIV em nosso corpo.

Infecção aguda: entre duas e quatro semanas após a infecção, algumas pessoas podem ter sintomas similares aos da gripe (uma reação natural do corpo). Durante este período, a capacidade de transmissão do HIV é muito grande, uma vez que grandes porções do vírus estão sendo produzidas no corpo.

Latência Clínica: esta fase se caracteriza pela baixa reprodução do HIV e ausência de sintomas. A capacidade de transmissão da doença, embora menor que na fase anterior, ainda existe. Ao final desse período, que pode durar de pouco tempo até uma década, a carga viral começa a crescer, podendo comprometer o sistema imunológico, levando à AIDS.

AIDS: esta é a fase da infecção que ocorre quando o sistema imunológico está seriamente danificado e o paciente se torna vulnerável a diversas doenças oportunistas. Sem tratamento, as pessoas que são diagnosticadas com AIDS tem uma baixa expectativa de vida.

Diagnosticando o HIV

Muitas pessoas que estão infectadas com o HIV não têm nenhum sintoma durante 10 anos, ou até mais. Mesmo assim, elas são capazes de transmitir o vírus.

Por isso, ao começar o relacionamento com um (a) novo (a) parceiro (a), ou após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus, é importante fazer o teste de HIV, realizado por meio da coleta de sangue.

Se o resultado der positivo para HIV, a pessoa deve procurar um médico imediatamente para começar o tratamento.

Tratamentos para a AIDS

Há alguns anos, ser diagnosticado com a AIDS era como uma “sentença de morte”. Atualmente, não. Apesar de ainda não existir uma cura para a doença, os medicamentos apropriados são capazes de controlar o HIV.

Denominado terapia antirretroviral, o tratamento para o HIV pode prolongar a vida (e aumentar a qualidade de vida) de muitas pessoas infectadas, além de diminuir consideravelmente a quantidade de HIV no corpo e, consequentemente, as chances de transmissão.

Para se ter uma ideia da eficácia do tratamento, pessoas que adotam a terapia antirretroviral (ART) podem viver sob a latência clínica (período sem sintomas) por várias décadas.

Prevenção

A principal forma de prevenção é uso do preservativo, que pode ser retirado gratuitamente na rede pública de saúde. Outras estratégias de prevenção, no entanto, também têm sido usadas com sucesso.

Uma das mais interessantes é a Profilaxia Pós-exposição (PEP), que se trata da utilização da terapia antirretroviral após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. Se aplicados logo após a infecção, os medicamentos agem impedindo que o vírus se estabeleça no organismo.

Outras estratégias também têm sido usadas com ótimos resultados, como a Profilaxia Pré-exposição (PrEP) e o Tratamento como Prevenção.

Saiba mais sobre esse tema no portal da UNAIDS Brasil.

HIV no Brasil

O Brasil foi um dos primeiros países em desenvolvimento a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS. Em 1996, já era possível se tratar de graça pelo SUS.

Apesar dos grandes avanços no tratamento, o país ainda enfrenta grandes desafios com relação à doença. É o que mostram os dados sobre HIV e AIDS no Brasil, divulgados pelo Ministério da Saúde no dia 30 de novembro.

De acordo com estimativas do órgão, 827 mil pessoas estão vivendo atualmente com o vírus no país, das quais:

  • 715 mil foram diagnosticadas;
  • 455 mil estão em tratamento*;
  • 112 mil não sabem que têm o vírus por não apresentarem sintomas.

*das quais 410 mil têm carga viral indetectável, com uma boa qualidade de vida e pouca chance de transmissão.

Outro dado que chama a atenção: cerca de 260 mil, na maior parte jovens que negam o vírus e não acreditam que irão desenvolver a doença.

Vale destacar também os números positivos com relação à redução na transmissão do vírus de mãe para filhos: de 36% nos últimos seis anos. De acordo com o ministério, uma ampliação da testagem no pré-natal e reforço na oferta de medicação para as gestantes contribuíram para a queda das taxas.

Para conhecer todos os dados detalhadamente, baixe a apresentação do Ministério da Saúde.

 

Saiba mais

UNAIDS: informações sobre o HIV e à AIDS

Ministério da Saúde: dados sobre o HIV e a AIDS atualizados

Ministério da Saúde: perguntas frequentes

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