Nos primeiros meses de vida de um bebê, o que não falta é novidade. O primeiro sorriso, a primeira palavra, o primeiro passo e os primeiros dentes! Em geral, aparecem em torno dos seis meses, quando a criança está prestes a iniciar uma fase importante: a introdução alimentar. Contudo, por trás dos dentes de leite, há diversas curiosidades e cuidados importantes para assegurar a saúde bucal desde o início.
Nesse artigo vamos entender como se formam, mitos e verdades sobre dente de leite e quando chega a hora da substituição pelos permanentes, ainda na infância. Aproveite esse guia!
O que é dente de leite?
Febre, humor instável e até diarreia. A pediatra já havia alertado: vem aí os primeiros dentes ou os decíduos. Nascemos sem eles, mas, na boca, as coroas já estão totalmente formadas, dentro da gengiva. São menores e mais brancos que os permanentes, e suas raízes também são mais curtas e finas, apropriadas para a fase de transição.
O aparecimento deles é essencial para que os pequenos tenham maior autonomia para falar – sim, ajudam no desenvolvimento da linguagem – e, claro, para a mastigação da comida. Quando demoram mais para aparecer, quem dá conta desse recado é a gengiva.
Também são eles que “guardam o lugar” dos dentes permanentes. Desse modo, ao cair, o substituto nasce na mesma posição. Por terem a boca menor, na fase inicial dos dentes, apenas 20 ocupam a boca. A arcada permanente possui 32, com a chegada dos sisos e dos pré-molares.
Quando se formam?
Os primeiros que aparecem são na arcada inferior. Nessa época é comum que o bebê fique mais enjoado, socialize menos e apresente dificuldade para dormir, deixando os pais aflitos. Porém, trata-se de um processo natural do organismo e vai passar.
Enquanto “rasgam” a gengiva, processo chamado de erupção dentária, o que os cuidadores podem fazer para amenizar o desconforto do pequeno é oferecer mais mama (caso seja amamentado) e, se já tiver começado a se alimentar, frutas geladas, que esfriem a região, amortecendo-a, como picolés. Até com o leite materno é possível fazer receitas. Com certeza eles vão agradecer!
Além da alimentação, o uso de mordedores gelados também promove sensação de alívio. Em último caso, pode-se conversar com o pediatra ou odontopediatra sobre utilização de medicamentos. O mercado conta com versões fitoterápicas, apropriadas para um estágio tão inicial.
Depois dos dois primeiros, geralmente, vem os dois de cima, e, depois, com um aumento no intervalo, os outros começam a aparecer. É importante frisar que o nascimento dos dentes de leite leva até 2 anos para ser finalizado, assim como o dos permanentes, que começa aos 6 e vai até os 12. A primeira dentição é formada por três grupos: incisivos, caninos e molares.
Incisivos
Chamamos de incisivos os dentes centrais, presentes na arcada superior e inferior. Eles também aparecem nas laterais. Na mastigação, são os responsáveis por triturar o alimento e, em geral, são os primeiros a despontar. Também tem papel relevante para a fala e, principalmente, para a estética.
Caninos
Sabe os dentes de vampiro que vemos na TV? São os caninos! Ao todo são quatro dentes formando esse grupo, dois na arcada superior e dois na inferior. Aparecem por volta de 1 ano e 7 meses e servem para rasgar os alimentos, jogando-os para os dentes subsequentes.
Molares
Assim como os incisivos, o grupo dos molares é formado por oito dentes. Eles moem e esmagam os alimentos, reduzindo-os antes da digestão.
Quais problemas são comuns nessa fase?
O cuidado com os dentes deve começar assim que eles nascem, que costuma ser quando os bebês começam a variar os alimentos. Dessa forma, a escovação precisa ser realizada, pelo menos, duas vezes por dia. A língua do bebê deve ser limpa também, mesmo que apenas com uma fralda de pano úmida, pois pode acumular bactérias e favorecer o aparecimento de cáries. Vamos começar por elas.
Cáries
Segundo a Academia Americana de Odontopediatria (AAPD), crianças têm uma probabilidade cinco vezes maior de desenvolver uma cárie nos dentes. Antes dos seis anos, é chamada de Cárie da Primeira Infância (CPI). O mesmo órgão destaca que aquelas que nunca foram ao dentista, não escovam os dentes antes de dormir e tomam leite ou suco de fruta na mamadeira são ainda mais propensas.
Para prevenir, é necessário moderar a ingestão de sucos, pois, mesmo sem açúcar, a frutose permanece sobre os dentes. E sempre lembrar da escovação! De preferência, usando um creme dental com flúor, que protege o esmalte dental. Além disso, depois de 1 ano, é essencial que os pequenos sejam levados ao odontopediatra. As visitas preventivas fazem parte da estratégia para manter as cáries longe.
Fluorose dentária
Apesar da recomendação do flúor no creme dental, o uso excessivo da pasta pode fazer mal. Indica-se que o responsável pela escovação coloque o equivalente a um grão de arroz na escova do bebê. Nos primeiros meses, ele vai engolir o produto, por isso é importante que seja o mínimo possível.
A fluorose dentária é causada justamente pela utilização excessiva de flúor. Aparecem manchas nos dentes, que podem ser claras ou escuras, variando de acordo com a gravidade do transtorno.
Erosão dentária
Esse problema pode aparecer em qualquer idade, mas, com o aumento da ansiedade nas crianças, infelizmente, está se tornando comum nelas também. A erosão se dá pelo suco gástrico presente na cavidade bucal, assim como pela ingestão de substâncias ácidas, podendo causar vômitos.
Como boa parte das doenças bucais, pode ser prevenida com uma boa alimentação. Desde os primeiros alimentos, o bebê deve ser familiarizado a boas escolhas, com a ingestão de frutas, legumes, verduras e boas fontes de gordura. Vale reforçar que a Sociedade Brasileira de Pediatria só recomenda açúcar a partir dos dois anos de idade.
E o uso da chupeta?
Chupar o dedo ou a chupeta são assuntos polêmicos. Não é incomum que pais recorram ao segundo quando o bebê chora, dorme ou simplesmente pede. Assim como traz benefícios, como a calma da criança, não se deve esconder suas desvantagens: ambos podem, sim, prejudicar a dentição primária.
Fora o alinhamento, tem um ponto ainda mais importante: depois que saem, rasgando a gengiva, ela se torna mais vulnerável à ação de bactérias e infecções. Os dedos, as unhas e a própria chupeta podem acabar sendo veículos desses males. Portanto, quanto antes o hábito da sucção não nutritiva for abandonado, melhor para o pequeno.
O que fazer e o que não fazer quando o dente de leite cair?
Quem resiste a um sorriso banguela? Quando os dentes de leite começam a dar sinais de que estão prontos para cair, é comum que os pais queiram acelerar o processo, mas não há necessidade.
Entre os 4 e 6 anos, normalmente, eles começam a amolecer. Na maioria dos casos, não vai precisar de qualquer intervenção, porque o simples ato de escová-los pode fazer com que os dentes, finalmente, caiam. A própria criança pode estimular, sem forçar demais para que a gengiva não acabe sangrando.
O processo leva, em média, um mês. Por isso, não precisa de pressa. Quanto mais natural for, mais fácil para o pequeno. Se uma intervenção for mesmo necessária, é importante que o adulto higienize bem suas mãos e use uma gaze ou pano limpo para movimentar o dente, conduzindo-o em direção à boa, com paciência. Ao sair, é normal que sangre. Basta pressionar a região com a própria gaze por alguns minutos e evitar que a criança se alimente por 30 minutos.
A postura dos pais é essencial para não assustar o pequeno. Eles não devem, de forma alguma, forçar a saída do dente. Se a criança estiver ansiosa, converse e conscientize-a da importância de ter paciência e aguardar que aconteça naturalmente.
Como higienizar os dentes de leite?
O hábito da escovação deve ser estimulado desde o princípio. Recomenda-se que, para os bebês que são amamentados, os dentes sejam limpos após cada mamada, com uma fralda de pano, apenas para manter a boca higienizada. Após a introdução alimentar, os cuidados aumentam.
Escovar 2x por dia
Inclua duas escovações na rotina da criança, uma pela manhã, antes da soneca, e uma à noite, antes do ritual noturno. As gengivas deles são mais flexíveis, portanto, dê preferência a escovas com cerdas bem macias, que não os machuquem. Lembre-se que o creme dental deve ser moderado!
É provável que, no início, eles se recusem e se irritem nesse momento. Então, dê o exemplo. Escove os seus na frente dele, passe o fio dental. Entregue-lhe a escova para que ele mesmo tente fazê-lo. Assim, vai se familiarizar com o objeto, apresentando menor resistência com o tempo.
Consulte o dentista
As idas ao dentista também são importantes na rotina. O ideal é levá-lo antes dos primeiros dois anos. É essencial que a criança se sinta à vontade e, quanto antes for habituada a essas visitas, melhor. Um especialista vai ensinar aos pais como deve ser a escovação, cremes dentais e escovas mais adequadas e, principalmente, poder diagnosticar algum eventual problema bucal.
Qual é a importância de um plano odontológico nessa fase?
Contar com um plano odontológico nos primeiros anos de vida é fundamental para manter a saúde bucal em dia. O acesso facilitado a tratamentos dentários vai ajudar a criar hábitos saudáveis, desmistificando a imagem que muitos pequenos têm do profissional dessa área.
Muitos desses traumas sequer são causados por más experiências. Eventualmente os próprios pais ou colegas que associam o dentista a situações traumáticas ou constrangedoras. Um bom plano odontológico disponibiliza vários profissionais, permitindo aos cuidadores uma avaliação eficiente de qual é o melhor para atender a necessidade do seu filho.
Embora não substitua um nutricionista, o apoio de um dentista também se aplica à alimentação: o especialista pode dar boas dicas em relação ao cardápio infantil, pontuando quais alimentos devem ser evitados. Itens ultraprocessados, como doces e refrigerantes, devem ser restritos ao máximo. Não apenas pelo mal que faz aos dentes, favorecendo o aparecimento de cáries, mas também tornando a criança vulnerável a doenças crônicas como diabetes.
Ter um plano odontológico desde cedo vai ensinar ao pequeno sobre a relevância de cuidar dos dentes desde cedo, que não é apenas uma questão estética. Sendo a boca a porta de entrada do organismo, é indispensável que ela esteja saudável – e tudo começa nos primeiros anos de vida.
Por fim, ter acompanhamento profissional vai deixar os pais mais tranquilos, cientes de que contarão com uma boa assistência se houver necessidade, sem precisar se preocupar em desembolsar gastos exorbitantes em emergências pediátricas. Dores nos dentes ou doenças dentárias são bastante comuns e não devem ser negligenciadas.
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Os dentes de leite representam uma fase especial. Os bebês ganham mais autonomia para mastigar e se alimentar e seus pais têm a oportunidade de acompanhar seu desenvolvimento. Paralelo a isso, têm a responsabilidade de zelar pela região bucal, tão importante para a saúde e estética. Cuidar da dentição desde o início dá aos pequenos a dimensão da importância. Lembre-se que o exemplo é a melhor maneira de ensinar algo a eles.
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