O hábito de fumar é um dos mais controversos que existem — deixa mau cheiro na roupa, amarela os dentes e custa caro, mas nada se compara aos malefícios que traz para a saúde a longo prazo. As consequências do tabagismo são sérias e as próprias embalagens de cigarro enfatizam isso aos seus usuários, portanto, não é novidade que parar é a melhor saída para quem fuma.
Ainda assim, é essencial que usemos datas como o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, para alertar sobre os efeitos desse costume. É sobre eles que falaremos neste artigo.
Descubra a seguir!
O que é tabagismo?
O tabagismo é considerado uma doença crônica, assim como a diabetes. Ele causa dependência física, psicológica e comportamental, similar ao que vemos com quem tem o hábito de beber ou usar drogas ilícitas, como a cocaína e o crack.
O que leva ao vício é a nicotina, substância presente em produtos fabricados à base de tabaco. De acordo com o Ministério da Saúde, 9,1% da população brasileira é fumante, sendo a prática mais comum entre o sexo masculino.
Por que fumar faz mal?
Para se ter uma ideia, o consumo do cigarro leva o fumante a inalar mais de 4.700 substâncias nocivas, como monóxido de carbono e amônia. Além delas, há mais de 40 que são cancerígenas, como chumbo, arsênio e até resíduos agrotóxicos.
Em comparação a quem não fuma, o risco de desenvolver um câncer de pulmão é 10 vezes maior. O sistema respiratório é o mais comprometido e prejudicado, assim como o vascular, abrindo caminho para aparecerem doenças de circulação e no coração. O risco de infarto é 5 vezes maior, assim como o de ter bronquite crônica e enfisema pulmonar.
Até mesmo quem não fuma pode sofrer com esses males, caso conviva com alguém que o faz. Essas pessoas — que inalam a fumaça com frequência mesmo não fumando propriamente — são as chamadas fumantes passivas e podem desenvolver problemas tão graves quanto os já apresentados, se forem expostos a longo prazo. Em geral, os mais prejudicados e suscetíveis são as crianças.
Portanto, parar de fumar não é apenas uma forma de ter mais qualidade de vida e longevidade, mas uma prova de amor por seus familiares e amigos, que não mais terão que conviver com esse hábito nocivo.
Quais são as consequências do tabagismo?
Mesmo que fumada apenas ocasionalmente, a nicotina traz consequências similares para quem a usa. Logo, o problema não está em fumá-la diariamente ou apenas socialmente, e sim na prática, que causa a inalação de substâncias altamente tóxicas para o organismo.
Veja abaixo quais consequências podem ocorrer em decorrência da dependência do tabaco.
Asma
A asma é uma das enfermidades que afetam o aparelho respiratório. Não há evidências de que o hábito de fumar cause esse quadro, mas a prática pode aumentar a incidência das crises para quem já tem, e até mesmo agravar os sintomas, dificultando o controle.
Além de prejudicar o efeito dos medicamentos usados no tratamento, o fumante asmático tem um pulmão ainda mais sensível cujas vias aéreas são naturalmente inflamadas e a inalação estimula a produção de muco. Esse acúmulo causa a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que leva a quadros intensos de tosse e debilita a respiração. É por isso que quem fuma tosse frequentemente.
Câncer de pulmão
Não dá para desassociar esse tipo de câncer a prática de fumar, porque 90% dos casos estão associados ao tabagismo. Diversas substâncias usadas na composição do cigarro são cancerígenas, portanto, é previsível que um quadro de câncer apareça, mesmo para quem fuma apenas ocasionalmente.
Os pulmões se deterioram e envelhecem mais rapidamente, tornando-se mais vulneráveis para infecções e inflamações. Esses danos são oriundos da destruição do tecido pulmonar, causada pelo tabaco, o que reduz a chegada de oxigênio lá. Vale destacar que o câncer de pulmão é o terceiro mais comum no Brasil.
Doenças cardiovasculares
Nos vasos sanguíneos, há uma parede de células responsável por recobri-los: o endotélio. Ele é bastante agredido pelo cigarro. Por isso, as artérias ficam mais suscetíveis ao acúmulo de gordura, sem mencionar a dificuldade para relaxar e contrair, o que danifica a circulação do sangue.
Ao fumar, todos os vasos se contraem, o que endurece as artérias do fumante e faz com que o coração precise trabalhar mais. Esse esforço, a longo prazo, aumenta consideravelmente as chances de um infarto, hipertensão e acidentes vasculares-cerebrais (AVC).
Desequilíbrio da saúde mental
Os danos da nicotina não são apenas físicos. Estudos comprovam que existe uma relação entre transtornos mentais prévios e o tabagismo, principalmente os que se relacionam com ansiedade ou humor. Logo, pessoas com esses distúrbios estão mais propensas a se viciarem na substância.
O problema se agrava, porque os fumantes tendem a associar a prática a um alívio, quando, na realidade, é apenas o corpo saciando seu vício no elemento. Assim, usam o cigarro como uma fuga ou associando-a a afazeres do dia a dia, como após tomar o café da manhã ou no fim do expediente de trabalho. Esse costume, naturalmente, fortalece a dependência, dificultando o abandono.
Por se tratar de uma compulsão, é muito difícil se desfazer desse hábito. É por essa razão que muitos dependentes precisam passar por esse processo várias vezes antes de deixá-lo completamente. A boa notícia é que sobreviver às primeiras semanas de abstinência traz benefícios imediatos.
A pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal vinte minutos depois. Em 2 horas, não tem mais nicotina na circulação. O nível de oxigênio é normalizado em 8 horas. Um dia sem cigarro já melhora o funcionamento dos pulmões. Em um pouco mais de tempo, o olfato e o paladar ficam mais sensíveis ao cheiro e sabor dos alimentos.
Na mesma velocidade, as consequências do tabagismo prejudicam a saúde, deteriorando-a por completo, afetando especialmente os pulmões e o coração. Essa prática tóxica é inimiga da qualidade de vida, do bem-estar e da longevidade, representando um risco não só para si, mas também para sua família. Se você fuma, chegou a hora de deixar essa dependência para trás.
Veja as nossas dicas para começar o processo de parar de fumar!
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