Dentre os sintomas que antecedem o infarto, a angina é o mais comum e um dos que mais incomodam. Diferente do que muitos pensam, no entanto, a angina não é uma doença, e sim um sinal de que o fluxo sanguíneo para o coração encontra-se reduzido.
A angina, ou angina pectoris, portanto, costuma ser a consequência de uma enfermidade, a doença arterial coronária, caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol na parede dos vasos.
Essa doença impede a passagem do sangue, o que acaba diminuindo a oferta de oxigênio e nutrientes para o coração, causando a angina.
Entenda as causas da formação das placas de colesterol
Entenda: a falta de oxigênio, também conhecida como isquemia, gera uma resposta imediata do coração: dor ou aperto forte, sentido no lado esquerdo do tórax, que costuma se irradiar para o braço esquerdo (ou ambos), pescoço ou até mesmo para a região superior do estômago.
Outros sintomas que podem ocorrer são os seguintes.
- Falta de ar;
- Cansaço fácil;
- Arritmias;
- Desmaios.
Angina é um aviso do corpo
A angina é um sinal, ou aviso, porque é ela é o alerta de que está havendo insuficiência de sangue no coração. Aliás, conforme a obstrução das artérias vai aumentando, a tendência é que os seus sintomas fiquem mais fortes.
E ainda: se nada for feito e a obstrução se tornar prolongada demais ou cessar de forma súbita, pode ocorrer o infarto agudo do miocárdio, segunda doença que mais causa mortes naturais no Brasil.
Por isso, atenção! Qualquer dos sintomas apresentados acima é suficiente para que seja buscado atendimento médico imediato.
Entenda os tipos de angina
Angina Estável
Esse tipo de angina ocorre quando as placas de gordura começam a progredir e obstruem cerca de 70% das artérias. Ela costuma ser sentida quando o coração trabalha com mais força em decorrência, por exemplo, de atividades físicas.
As dores costumam melhorar espontaneamente quando o fator causador é interrompido, após um período de descanso ou quando são usados vasodilatadores, como os comprimidos que controlam a pressão arterial, devidamente prescritos pelo cardiologista.
Angina instável
É mais grave. Ocorre quando a placa de gordura forma um coágulo que obstrui quase toda a artéria e praticamente interrompe a passagem sanguínea. Com isso, a pessoa sente dor no mesmo instante, mesmo sem fazer esforços físicos.
Nesse caso, repousar não é mais suficiente. O ideal é procurar um pronto-socorro imediatamente e recorrer a vasodilatadores como ácido acetilsalicílico (aspirina), uma vez que esse quadro pode preceder um infarto a qualquer momento.
Leia também: o que fazer em situações de infarto.
Angina Variante de Prinzmetal
Mais rara, resulta de uma contração súbita dos vasos do coração. Esse tipo de angina não está necessariamente relacionado a placas de gordura e pode ocorrer em pessoas mais jovens após o uso de drogas, como cocaína, ou de anabolizantes.
Fatores de risco
Os fatores de risco para a angina, assim como para o infarto e demais doenças que afetam o coração, são amplamente conhecidos. A maioria inclusive pode ser controlada ou evitada.
São eles: fumo, obesidade, diabetes, alimentação inadequada, hipertensão, colesterol alto estresse e vida sedentária.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico da angina é feito através de exames físicos e complementares, muitos dos quais são capazes de identificar o quadro antes mesmo de o paciente reconhecer algum sintoma.
Por isso, para prevenir-se desse e de outros problemas que afetam o coração, é altamente recomendável visitar seu médico regularmente e realizar exames ou check-ups cardiológicos periodicamente.
Além disso, para prevenir a angina, procure adotar um estilo de vida saudável, principalmente através de uma alimentação balanceada e atividades físicas. Veja algumas dicas aqui.