Quando pessoas físicas ou empresas buscam planos de saúde, além de avaliar itens como preço e cobertura, podem optar por um plano com coparticipação – quando a mensalidade é um pouco mais barata, se comparada a um plano sem coparticipação, mas os beneficiários pagam parte do valor quando utilizam o plano.
Este modelo ainda não é familiar a todos, e optar por ele requer conhecimentos básicos sobre seu funcionamento e em quais situações ele é mais vantajoso.
Entenda a coparticipação
Trata-se de um modelo regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em que os beneficiários ou estipulantes, , ficam responsáveis por pagar parte da despesa assistencial diretamente à operadora, após a realização do procedimento pelo beneficiário. A contrapartida oferecida pelas operadoras é a redução do preço da mensalidade.
A coparticipação não deve ser confundida com contribuição. O beneficiário será considerado contributário quando contribuir para custear parte ou integralmente a mensalidade de seu plano privado de assistência à saúde.
Na maioria dos planos com coparticipação a cobrança é realizada em consultas eletivas, exames e outros procedimentos Nos demais casos, o custo pelos procedimentos é suportado diretamente pela operadora de planos de saúde.
Importante: não há um modelo fixo, e a proposta de contrato deve detalhar todos os procedimentos que terão coparticipação, bem como a porcentagem a ser aplicada a eles (que costuma ficar entre 10% e 20%), ou seu valor fixo quando for o caso.
Coparticipação em planos empresariais
Estudos mostram que 66% das empresas brasileiras que oferecem planos de saúde optam pelo modelo com coparticipação.
Nesse grupo, quase a totalidade (98%) opta por incluir consultas eletivas entre os serviços com coparticipação, e 62% abarcam terapias.
O principal benefício do modelo em empresas, além da economia, é o estímulo ao uso consciente do plano. Como os beneficiários também pagam parte do valor quando usam os serviços, tendem a utilizar o convênio de forma mais consciente, o que pode ajudar a reduzir o valor dos reajustes das mensalidades.
Saiba mais sobre o estímulo ao uso consciente do plano de saúde
Atenção ao perfil dos beneficiários
O modelo de coparticipação tem a vantagem de oferecer mensalidades mais baratas e estimular o uso consciente dos planos.
Se por um lado o modelo é ideal para planos com mais beneficiários jovens, que tendem a usar menos os serviços médicos, por outro pode não ser tão vantajoso quando há mais pessoas idosas ou com doenças preexistentes.
Como este segundo grupo tende a usar mais o plano, o valor pago em coparticipação pode ficar muito alto e não compensar a redução inicial.