A caxumba é causada por um vírus da família Paramyxovirus, que provoca inflamação nas glândulas salivares (ou parótidas). Altamente contagiosa, ela é mais comum no inverno, uma vez que nesta época ficamos mais tempo em lugares fechados, em contato com outras pessoas.
Apesar de não ser uma doença muito comum, todo o cuidado é pouco com ela. Afinal, embora seja algo raro, a caxumba pode evoluir para casos mais graves, como a impotência e a meningite.
Neste post, reunimos as respostas para algumas das dúvidas mais comuns sobre a caxumba, para você ficar por dentro dessa doença e saber como evitá-la.
Leia também: como prevenir seus filhos contra doenças respiratórias.
Perguntas e respostas sobre a caxumba
Como a caxumba é transmitida?
A transmissão da caxumba se dá de forma semelhante ao que ocorre com outras viroses respiratórias, como a gripe e o resfriado. O vírus que transmite a doença, no entanto, é ainda mais contagioso, e podemos “pegá-lo” das seguintes maneiras:
- Por gotículas respiratórias no ar (tosse ou espirro);
- Por saliva (beijos ou bebidas compartilhadas);
- Por toque em uma superfície contaminada (cobertor, maçaneta, talheres etc).
O paciente precisa ficar isolado?
Sim. De maneira geral, o paciente contaminado é capaz de transmitir o vírus por até cinco dias após o aparecimento dos sintomas típicos da caxumba (ver mais abaixo).
Por ser este um vírus altamente contagioso, o paciente deve manter-se em casa pelo menos por esse período. Além disso, para evitar a transmissão da doença a pessoas que convivem com o paciente, especialistas recomendam desinfetar utensílios como talheres, pratos e copos.
Quais são os sintomas da caxumba?
Nem todas as pessoas contaminadas pelo vírus da caxumba desenvolvem sintomas. Quando ocorrem, porém, os sinais são os seguintes:
- Dor e inchaço das glândulas salivares, que causam a clássica manifestação de “bochecha inchada”;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dificuldade de engolir;
- Perda de apetite.
Crianças são mais suscetíveis à doença?
Pessoas de todas as idades contraem caxumba. Porém, a doença é mais comum em crianças e adolescentes, em especial dos seis aos 18 anos.
Existe vacina para a caxumba?
Sim! A vacinação contra a doença faz parte do calendário nacional de vacinação, sendo administrada através da vacina tríplice viral. Aliás, a vacinação é a principal responsável pela expressiva diminuição do número de casos da doença, sendo a principal medida de prevenção à caxumba (sua eficácia está acima dos 96%).
Posso pegar caxumba mais de uma vez?
Os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba são muito raros. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro, eventualmente, pode ser afetado em outra ocasião.
A caxumba causa alguma complicação?
As complicações da caxumba são raras, uma vez que a evolução da doença normalmente é benigna. Porém, quando ocorrem, costumam ser graves. São elas:
- Inflamação dos testículos e dos ovários (que podem, de forma mais rara ainda, resultar em esterilidade);
- Meningite: porém, em uma manifestação mais branda que a meningite bacteriana;
- Pancreatite (inflamação do pâncreas);
- Surdez.
Caxumba pode causar aborto?
Sim. A infecção por caxumba no primeiro trimestre é um importante fator de risco para aborto. Por isso, atenção: mulheres que nunca tiveram caxumba nem tomaram a vacina devem procurar um posto de saúde para se vacinar antes de engravidar.
Leia também: o que fazer quando uma gestante sofre com alergias respiratórias.
Aglomerados aumentam as chances de contaminação?
Sim. Assim como ocorre com a gripe e outras doenças virais, escolas, escritórios e transportes públicos são locais onde a doença pode se propagar de forma mais acentuada.
Existe tratamento para a doença?
Não há tratamento específico para caxumba. Os cuidados a serem tomados são indicados para amenizar os sintomas e evitar a sua transmissão. São eles:
- Repouso e isolamento;
- Medicamentos anti-inflamatórios para alívio da dor e diminuição da inflamação;
- Analgésicos para aliviar a dor.
Importante: a doença, na maioria das vezes, costuma ter resolução espontânea dentro de duas semanas.
A quem recorrer caso haja suspeita de caxumba?
Você pode procurar um médico infectologista, um clínico geral ou um pediatra, se o paciente em questão for uma criança.