Cárie dental: esclarecemos 11 mitos e verdades sobre o assunto

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A cárie dentária é uma doença infecciosa transmissível, que se caracteriza pela destruição localizada nos tecidos dentários formando uma cavidade no dente, considerada extremamente comum, e pode atingir pessoas de qualquer idade. É um problema aparentemente simples, mas que pode evoluir a ponto de gerar complicações, além de muita dor e desconforto. Por isso a importância de se prevenir!

E a melhor forma de se prevenir é se informando sobre o assunto. Justamente por isso, resolvemos preparar uma listinha para esclarecer alguns mitos e reforçar verdades sobre a cárie dentária. Confira!

1. O açúcar provoca cárie

Temos aqui uma verdade. Embora o açúcar não seja propriamente o causador da cárie, ele é um dos grandes vilões dos dentes. Na realidade, o que causa a cárie é o ácido produzido pelas bactérias naturais da boca. No entanto, sua ação tem início quando ingerimos qualquer tipo de açúcar, tais como doces, massas ou frutas.

Quando a higienização não é efetiva, sobram resíduos desses alimentos nos dentes. Ocorre aí um acúmulo de bactérias que, agindo sobre o local, destruindo o esmalte e provocam o aparecimento da cárie. Por isso, não só o açúcar como qualquer alimento rico em carboidratos provoca cáries.

2. A cárie dental é contagiosa

Mais uma verdade. Todos temos a presença natural de micro-organismos na boca — é a chamada microbiota normal. O aumento descontrolado dessa colônia de bactérias provoca a cárie. E esse desequilíbrio da microbiota pode ocorrer por muitos fatores, desde má alimentação e higiene insuficiente até contágio entre pessoas próximas.

Assim como os causadores de gripes e resfriados, os agentes da cárie dental podem ser transmitidos pelo compartilhamento de utensílios, pelo consumo do mesmo alimento e pelo beijo.

3. As crianças têm mais cáries que os adultos

Agora precisaremos desmentir esse mito, já que adultos e crianças apresentam a mesma sensibilidade à cárie dental. Mas vale explicar os fatores que deram origem ao mito. Antigamente, a incidência de cáries em crianças estava relacionada à deficiência de flúor. Hoje, porém, isso não acontece mais devido à adição do mineral nos cremes dentais e na própria água.

Além disso, a má escovação e o consumo excessivo de açúcares podem estar mais ligados à infância. Por isso, a importância da consciência dos pais, orientando seus filhos sobre a importância da higiene bucal, controlando a alimentação e os levando periodicamente ao dentista.

4. Depois de tratada, a cárie pode aparecer no mesmo lugar

Aí depende. Precisamos lembrar que o tratamento nesse caso consiste em remover a cárie e restaurar o dente, usando um material restaurador para preencher o espaço deixado e promover um selamento da cavidade. Sendo assim, no exato local onde a cárie tratada existia não deve surgir uma nova, caso haja uma manutenção da higiene oral e acompanhamento odontológico regular.

Entretanto, o material restaurador pode ter uma expectativa de vida útil, precisando ser trocada após alguns anos. Além disso, caso não seja de boa qualidade ou não tenha sido colocada corretamente, ela pode se soltar ou deixar pequenas brechas, favorecendo a entrada de resíduos. Nesse caso, pode sim surgir uma nova cárie no local. Além do mais, se persistirem os maus hábitos, poderão surgir novas cáries no entorno da antiga.

5. Quem usa aparelho tem mais cáries

Essa é uma verdade. Quem usa aparelhos ortodônticos, especialmente os fixos, deve redobrar os cuidados. Isso porque os alimentos costumam ficar retidos nas peças ortodônticas, dificultando a limpeza. Por ser a má higienização um dos principais fatores relacionados ao surgimento da cárie, é preciso ficar mais atenção à escovação.

6. Todo dente cariado dói

A generalização torna essa afirmação uma mentira. Na verdade, depende. Muitos pacientes relatam dor, enquanto outros só descobrem o problema durante a visita ao dentista. Ambos os casos são possíveis. Isso porque a cárie só dói quando atinge as partes mais sensíveis do dente, como a dentina e a polpa.

As lesões superficiais, ainda no início, limitam-se ao esmalte. E como o esmalte não tem terminações nervosas, não causa dor. No entanto, cáries iniciais podem evoluir até atingir as partes mais sensíveis, como o nervo. Torna-se necessário, aí, um tratamento de canal.

7. Dentes sensíveis costumam ser cariados

Esse é um mito dos grandes, uma vez que a sensibilidade pode não ter nada a ver com a cárie dental. A sensibilidade também pode ser provocada pelo desgaste do esmalte, podendo ocorrer pela ingestão de bebidas ácidas e de determinados medicamentos, bem como pela presença de doenças como bulimia e refluxo gastroesofágico. Até uma retração de gengiva pode causar sensibilidade.

8. Preencher o espaço com aspirina alivia a dor

Mais um mito. Aliás, além de não ser verdade, esse hábito é altamente desaconselhável. Como se trata de um medicamento ácido, pode até piorar o problema, aumentando a cárie ou provocando lesão na gengiva. Sem contar que a aspirina é um medicamento de uso oral, que precisa ser ingerido para causar efeito.

9. Refrigerante estraga os dentes

Verdade. Isso não quer dizer, no entanto, que apenas um copo já compromete sua saúde dental. É o consumo em excesso que deve ser evitado. E não só de refrigerantes, mas também de outras bebidas ácidas, como sucos cítricos e isotônicos esportivos, por exemplo. Por isso, é fundamental a escovação e o bochecho com água ao longo do dia, para ajudar a equilibrar o pH da boca, evitando o aparecimento de cáries.

10. Escovar os dentes previne a cárie

Diante de tudo o que vimos, fica clara a importância da escovação após as refeições, certo? Essa é, assim, uma verdade. A remoção da placa bacteriana se dá mecanicamente, por meio do atrito das cerdas macias da escova e do uso de creme dental com flúor. Isso além, claro, do uso do fio dental para tirar os resíduos entre os dentes e que podem estar impactados na gengiva.

Na maioria dos casos, a prevenção realmente é a melhor forma de evitar o problema. O cuidado com a higiene consegue, portanto, eliminar riscos. Então comece a caprichar desde já!

11. A melhor prevenção é ir ao dentista

Isso mesmo! A melhor prevenção definitivamente é visitar regularmente o consultório dentário. Além de fazer uma limpeza mais profunda, removendo o tártaro e a placa, o dentista pode identificar lesões iniciais, evitando que se agravem. O recomendado, inicialmente, é marcar uma consulta a cada 6 meses, para que o profissional avalie se a escovação tem sido eficiente e dê as orientações cabíveis.

Como vimos, no caso da cárie dental, a prevenção é o melhor remédio. Por isso, além de adotar hábitos alimentares saudáveis e cuidar da escovação diária, não deixe de consultar regularmente um dentista!

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