Câncer de mama: prevenção, sintomas e tratamentos

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O câncer de mama é o tipo de tumor que mais atinge mulheres em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 1,5 milhão de casos são diagnosticados todos os anos ao redor do mundo – com cerca de 450 mil mortes.

Trata-se de um tipo de tumor maligno que se desenvolve por causa de alterações genéticas nas células mamárias, que passam a se dividir descontroladamente. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 52 mil novos casos surjam todos os anos.

Apesar de ser uma enfermidade tão recorrente (e grave), o câncer de mama pode ser descoberto precocemente, ou mesmo evitado, se a pessoa adotar hábitos e cuidados adequados. É sobre isso que vamos tratar neste post.

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Como até 30% dos casos podem ser evitados

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de um terço das ocorrências de câncer de mama poderia ser evitado por meio da “prevenção primária”, nome técnico para a adoção de hábitos saudáveis. Conheça alguns deles:

  • Prática de atividades físicas regulares: esse hábito ajuda a prevenir diversos tipos de câncer, principalmente para quem se dedica sete horas ou mais por semana. Saiba mais.
  • Alimentação saudável: de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Boston, mulheres que consomem vegetais (como brócolis, couve e mostarda) regularmente têm até 45% menos chances de desenvolver câncer de mama.
  • Peso adequado: após a menopausa, mulheres com sobrepeso ou obesidade têm mais risco de desenvolver um tumor. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, o ganho de 20 a 29 kg aumenta o risco em 56%.
  • Redução do consumo de bebidas alcoólicas: o consumo de apenas 14 gramas de álcool por dia pode aumentar as chances de câncer de mama em até 30%.
  • Amamentação: trata-se de um importante fator de proteção porque, quando o bebê mama, as células mamárias ficam “ocupadas” com a produção do leite e se multiplicam menos do que em outros períodos.

Detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura

Em grande parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado em suas fases iniciais, o que aumenta significativamente as chances de tratamento e cura. Para tanto, as mulheres devem seguir uma rotina de prevenção que inclui exames e visitas regulares ao ginecologista.

O autoexame das mamas

O primeiro passo é a própria mulher estar atenta a qualquer alteração suspeita nos seios. A orientação é que ela faça a observação e apalpe as mamas sempre que se sentir confortável para tal, não deixando de fazê-lo ao menos uma vez por mês.

Esse procedimento, chamado de autoexame, pode ser feito em frente ao espelho, durante o banho ou na cama. Na internet, você pode encontrar diversas páginas com o passo a passo (veja este exemplo), mas recomendamos que você siga a indicação do seu médico.

Sintomas mais comuns do câncer de mama

Durante o autoexame, você deve estar atenta aos seguintes sinais e sintomas:

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com uma casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos.

Importante: tais alterações não significam necessariamente que haja um tumor. Para confirmar as suspeitas, é fundamental que um oncologista seja consultado e que uma avaliação diagnóstica seja realizada (ver mais em tratamento, no final deste post).

Quando recorrer à mamografia

A detecção precoce do câncer de mama também pode ser feita pela mamografia, exame capaz de encontrar o câncer no início, sem que haja quaisquer sintomas. Seus resultados permitem um tratamento menos agressivo e com mais chances de cura.

A mamografia pode ser solicitada em dois momentos.

  • Quando há lesões suspeitas na mama: o médico poder solicitar uma mamografia diagnóstica em qualquer idade, a seu critério, com fins de investigação.
  • Quando não existem lesões: a mamografia de rastreamento deve ser feita em mulheres a partir de 40 anos, ou a partir dos 25, caso a paciente tenha histórico familiar da doença.

Tratamentos e especialistas envolvidos

O tratamento para o câncer de mama só pode ser prescrito após a realização de exames que comprovem a doença. Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem são os mais utilizados.

O especialista em diagnóstico e tratamento de câncer de mama, assim como outros tumores, é o oncologista. Ele é quem vai analisar os resultados dos exames e decidir pelo tratamento, cujo método depende do estágio em que o tumor se encontra.

Os principais tipos de tratamento são os seguintes:

Cirurgias: para retirada do tumor, como a “Tumorectomia” (quando apenas o tumor é removido) e a “Mastectomia” (quando a mama é parcial ou totalmente retirada);

Radioterapia: tratamento que utiliza raios-X e outros raios de alta energia para matar as células anormais;

Quimioterapia: tratamento com medicamentos que procuram matar as células que estão crescendo ou se multiplicando muito rapidamente.

 

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